O terceiro encontro de capacitação de professores de escolas e creches comunitárias foi realizado pelo projeto Mais Infância neste sábado (26), no Teatro Jorge Amado, em Salvador, e reuniu cerca de 700 profissionais para discutir a educação inclusiva. O projeto, idealizado pela primeira-dama do Estado, Aline Peixoto, é gerido pelas Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA).
No encontro deste sábado, os professores e representantes das creches e escolas comunitárias assistiram palestras sobre educação especial e a política de inclusão na Bahia. Também tiveram a oportunidade de assistir ao espetáculo ‘Os Saltimbancos”, do grupo de teatro de alunos da Apae Salvador.
A palestrante convidada, Patrícia Braile, coordenadora da Educação no Estado, ressaltou a necessidade de debater o tema com os professores. “É uma iniciativa de extrema importância porque não adianta a Secretaria de Educação do Estado estabelecer políticas ou discutir soluções somente no âmbito do órgão central, é imprescindível compartilhar com os professores. E, mais ainda, os professores precisam fazer parte desse planejamento. Quando a gente traz as diretrizes para a educação inclusiva e outras ações da Secretaria para serem discutidas e compartilhadas num evento com professores de diversas instituições, isso só enriquece a rede de ensino e fortalece o sentido de uma educação realmente inclusiva e na qual as pessoas participam, escutam e têm voz”, pontuou.
De acordo com o coordenador do Mais Infância, Manuel Calazans, a educação inclusiva é um tema muito relevante para toda a educação básica e, especialmente, para as creches. “É importante que os professores das creches comunitárias tenham subsídios para fazer todo um trabalho preventivo, de estimulação precoce, além de uma ação permanente que resulte na inclusão de crianças que, por ventura, tenha algum tipo de necessidade especial. Hoje, o projeto traz essa temática e discute pedagogicamente o assunto”, explicou.
O projeto
O Mais Infância tem por finalidade formar e assessorar de forma pedagógica as creches e escolas comunitárias da capital. Criada em 2017, a iniciativa já contemplou mais de 150 instituições que recebem crianças de 0 a 5 anos. Os encontros de capacitação são realizados no segundo sábado de cada mês e devem ocorrer até dezembro. Além disso, o projeto realiza o acompanhamento pedagógico nas unidades de ensino de forma multidisciplinar, com o envolvimento de pedagogos, assistentes sociais e psicólogos, que são responsáveis pela formação continuada dos profissionais.