Damien Timperio, CEO da GL de Events no Brasil, responsável pela administração do Centro de Convenções Municipal em Salvador, prometeu sediar eventos internacionais que nunca aconteceram no Brasil. “Festivais internacionais de cultura, que traz cultura de fora, turista de fora. Eventos híbridos”, disse o executivo durante a assinatura do contrato de concessão do Centro de Convenções, na Boca do Rio, na manhã desta terça-feira, dia 10. Na contra mão, Salvador aparece atrás de 49 municípios em investimentos na Cultura. Nem mesmo o título de cidade da música, concedido pela Unesco em 2015, garantiu um investimento robusto da Prefeitura na cultura. Na época, o gestor do Escritório Salvador Cidade Global, Jorge Khoury destacava que um dos focos da Prefeitura era o turismo cultural o que contribuiria diretamente para o fortalecimento da cultura local, promoção internacional e incremento do desenvolvimento humano, social e cultural que já seriam impulsionados pela música na cidade, mas atualmente os números não são nada animadores. De acordo com dados divulgados pela Folha de São Paulo, Salvador aparece atrás de 49 municípios quando o assunto é investimento em Cultura. A capital baiana na proporção de gasto em cultura aparece tão longe quanto a quilometragem entre Salvador e Camaçari. A cidade polo da Bahia aparece na nona posição e a cidade da música na 50. Os números são referentes ao ano de 2018 e apontam que a cidade de Parintins reservou 5,4% do orçamento para cultura enquanto Salvador apenas 0,20%. Entre as Prefeituras que mais gastaram em Cultura aparece São Paulo com R$ 588,4 milhões, Rio de Janeiro com R$ 158,4 milhões e em terceiro Recife como a única cidade do Nordeste com investimentos relevantes em Cultura com R$ 109,1 milhões. Diferente de Camaçari que aparece na posição 16 entre as 22, Salvador não aparece no ranking das Prefeituras que mais gastam. O vereador e economista Sílvio Humberto destaca a importância do investimento da cultura na cidade. “A cidade só gasta apenas 0,20% com a função cultura ocupando o 50º lugar entre as cidades que investem em cultura, atrás de cidades como Parintins, Recife, Fortaleza, Rio. Isso demonstra o potencial não explorado da nossa cidade. O diagnóstico cultural da cidade de Salvador concluiu que a maior riqueza do município é cultura de matriz africana, portanto com esse percentual percebemos porque o potencial não se concretiza”, pontuo. O edil destaca ainda a importância da geração de empego para juventude negra.” Se mantida a fórmula de sempre dos grandes eventos que acontecem na cidade as pessoas negras continuaram invisíveis, ou tratadas como exceções sobretudo para o receptivo. Espero estar enganado e a diversidade racial prevaleça a fim de gerar emprego e renda sobretudo para a juventude negra”, finalizou.
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