Quem ousou sair de casa nesta terça-feira(26), enfrentou desafios que estão para além dos fenômenos da natureza. Semáforos quebrados, trânsito caótico, estações de trem e metrô paradas ou reduzidas, ruas tomadas pela água e muito desespero por parte da população. Da Avenida ACM até a cidade baixa o caos mudou a rotina dos soteropolitanos. A natureza deu algumas respostas que merecem atenção após algumas intervenções como: o corte das árvores para construção do BRT, a destruição de parte da vegetação do Parque de Pituaçu, o tamponamento de rios contribuíram diretamente para o acumulo de água por toda a cidade. Historicamente a cidade baixa seguiu o fluxo de décadas fazendo com que os moradores ficassem submersos durante todo o dia. Nesta quarta (27), foi o dia de contabilizar os prejuízos causados pela falta de planejamento e ações preventivas para minimizar os impactos da chuva. O vereador Sílvio Humberto criticou as justificativas da Prefeitura que atribuiu os problemas causados aos fenômenos do clima. “Interessante que as justificativas são bem parecidas quando ocorreu as chuvas anteriores. Não se pode culpabilizar as intempéries do clima: chove todo ano, pelo menos uma vez ocorrerá algo acima do esperado. A gestão não deve ser uma gestão do sol. Somos uma cidade imersa em um permanente círculo vicioso da pobreza. Para alguns (inclusive nós) a chuva causa apenas transtornos para outros (a maioria preta, pobre e periférica) pode significar a perda de tudo inclusive da vida. Fazer uma gestão com foco em assegurar a dignidade das pessoas do que nas coisas faria uma enorme diferença” apontou. Segundo informações divulgadas pela Prefeitura, 478 pessoas, sendo 156 crianças estão abrigadas provisoriamente em 10 escolas municipais ou em casas de parentes e vizinhos. Até o momento não foi registrado nenhuma morte causada pelos transtornos da chuva na capital baiana.
Doze anos sem reajuste põem em risco a continuidade das cirurgias cardíacas
Foto: Divulgação/Arquivo Hospital Martagão Gesteira 30 de novembro de 2024 | 08:58 Doze anos sem reajuste põem em risco a...
Read more