A Bolsa de valores de São Paulo, a B3, vem obtendo alta e iniciou as negociações com o aumento elevado de 2%, alcançando 93 mil pontos, no 4º dia consecutivo de valorização. Esse nível não era alcançado há quase 3 meses, porém, com a positividade dos mercados externos após a proliferação do coronavírus (covid-19) ter acalentado na Ásia e na Europa, já que os dois países retomaram as atividades nos mercados de ações. Com isso, o foco na recuperação da economia em relação a reabertura se sobrepõe apreensão dos Estados Unidos e China.
Economista-Chefe da Nova Futura Investimentos, Pedro Paulo Silveira, comenta sobre a alta do Ibovespa. “As Bolsas internacionais estão em alta por conta do otimismo em relação às perspectivas de recuperação econômica, com a reabertura, pós quarentena, na Europa, Ásia e EUA. Aqui no Brasil, a tendência é de acompanhar os mercados externos, já que a percepção de riscos para países emergentes segue em queda, com a melhora dos avançados. Ainda que a crise política coloque questões importantes sobre o futuro da estabilidade econômica e que a curva epidemiológica siga atingindo novos recordes, o mercado local segue o exterior, minimizando os riscos no curto prazo”, analisa.
Jefferson Laatus, Estrategista-Chefe do Grupo Laatus relata a importância da tranquilidade nas questões de possíveis guerras, como a comercial. “Isso ocorre pela reabertura das economias pós covid -19 pelos dados positivos que vem saindo, e pela tranquilidade sobre questões importantes como guerra comercial e Hong Kong”, relata.
O possível teste da vacina anti-covid vem mexendo com os ânimos dos brasileiros, e para Daniela Casabona, Sócia-Diretora da FB Wealth, este fato traz grande otimismo para a economia. “Com a abertura das economias e a forte liquidez dos mercados globais a bolsa vem refletindo o mercado externo e acompanhando as altas do mercado externo, e com o monitoramento de uma possível vacina ainda para esse ano também vem trazendo bastante otimismo para a economia como um todo”, comenta.
Para Guto Ferreira, Analista Político-Econômico da Solomon’s Brain, a volta dos comércios, ainda que aos poucos, está reanimando o mercado. “Existe um sentimento bom na Bolsa, pela reabertura dos principais mercados do mundo, sobretudo, Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia. E aqui no Brasil existe o sentimento de descolamento do potencial da covid e a volta do comércio ainda que aos poucos” finaliza.