Os baianos já contam com uma nova tropa de combate ao crime, a Companhia de Patrulhamento Tático Móvel (Patamo). O grupamento foi lançado oficialmente na manhã desta quarta-feira (9), na Governadoria, no CAB. O evento contou com as presenças do governador Rui Costa; do secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa; e do comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Anselmo Brandão.
A Patamo é ligada ao Batalhão de Choque da PM, e vai contar com 96 homens, cinco viaturas, uma base móvel, motocicletas e cães policiais. “A proposta principal desta tropa é a ocupação, restabelecendo a ordem e passando uma sensação maior de segurança”, afirmou o coronel Anselmo Brandão, ressaltando que as localidades ocupadas serão escolhidas a partir de “estudo da mancha criminal”.
O chefe da PM-BA ressalta que o trabalho da Patamo será diferente ao que já é feito diariamente pelas Companhias Independentes e Rondesp. “Não é uma linha de frente de varredura, porque isso aí nós já fazemos no dia a dia”, frisou. Ao BNews, Anselmo Brandão explicou que a Patamo vai ocupar as áreas simultaneamente com as guarnições que já atuam diariamente nas comunidades, por até uma semana.
Para as comunidades, o comandante-geral da PM pediu cooperação. “Seja um colaborador. Estamos levando uma tropa que não é de reação, nós não queremos que as comunidades percebam que o Choque não está indo para o enfrentamento. Estamos indo para manter a paz, a tranquilidade, manter a ordem. Jamais para ficar trocando tiro com quadrilha, não queremos este embate, lógico que pode acontecer, mas não é nosso foco”, garantiu.
“É uma atuação muito mais cirúrgica no combate à criminalidade”, destacou o secretário Maurício Barbosa, sobre a especialidade do Batalhão de Choque para atuar nas ocupações.
Ao discursar na cerimônia, Rui Costa afirmou que os criminosos “serão tratados com energia suficiente e necessária do Estado para manter a paz social e defender a sociedade”.
“Vocês estão indo para uma missão que não é fácil. Não é fácil porque algumas cidades da Bahia tiveram um processo de urbanização muito complicado, muito difícil, onde muitas vezes nem rua tem, são becos, vielas e escadarias. Acessar estas ruas, estes becos, garantindo a sua própria vida e garantido a vida das pessoas que moram ali […], e separar o joio do trigo nem sempre é fácil, e por isso exige muito profissionalismo”, frisou Rui Costa, dirigindo-se à tropa.