O presidente Michel Temer voltou a falar sobre a reforma da Previdência, nesta sexta-feira (2), em entrevista à Rádio Jornal, de Pernambuco. “Nós estamos pensando no aposentado, no servidor, para não acontecer o que está acontecendo em muitos estados brasileiros. Não há pagamento de aposentados, a servidores, há atrasos. Ou o que aconteceu em vários países, que tiveram que cortar pensões, vencimentos dos servidores”, argumentou o presidente.
Segundo ele, a mudança no texto é algo necessário para o futuro da economia e para o bem do orçamento. “Não é para o meu governo. Eu aguento a Previdência [sem reforma]. Houve um déficit de R$ 268 bilhões em 2017. A tendência é aumentar neste ano. Mas o meu governo aguenta. O que não vai aguentar são os próximos”, destacou.
O Planalto precisa de 308 entre os 513 deputados para aprovar a reforma. A votação no plenário da Câmara está marcada para começar no dia 19 de fevereiro.
Ao ser questionado sobre repasses de recursos públicos aos Estados, o presidente mencionou o Bolsa Família e disse que o número de beneficiários no programa aumentou em 58 mil, durante o seu governo. No entanto, salientou que tem trabalhado em projetos para reduzir essa demanda.
“Aproveitar para dizer que o nosso ideal não é manter indefinidamente as pessoas no Bolsa Família. Nós lançamos um programa, chamado ‘Progredir’, que visa exatamente fazer com que os filhos dos bolsistas possam ser contratados por supermercados, bancos, enfim, as mais variadas atividades para que, um dia, daqui a algum tempo, seja perfeitamente possível eliminar este Bolsa Família”, explicou.