Três semanas após o início da greve dos professores municipais de Salvador, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB) adotou uma postura mais maleável e já aceita baixar a proposta de aumento salarial. Os docentes, que antes pediam 12,4%, agora querem 6,8% de aumento.
Os sindicalistas promoverão uma vigília nessa terça-feira (24), a partir das 16h, na Secretaria Municipal de Gestão. “Conseguimos reabrir as negociações. Depende do que será negociado”, avisa Elza Melo, representante da APLB, a gestão municipal, no entanto, mantém a proposta de reajuste de 2,5%.
O titular da Educação, Bruno Barral, afirma que a Prefeitura não pretende aumentar o valor do reajuste proposto. “6,8% é um número fora da realidade da economia do nosso país. Reitero que manteremos a proposta de 2,5%. Estou vendo uma adesão baixíssima da categoria ao movimento grevista”, critica. Segundo ele, o movimento está progredindo para o fim.
“A nossa expectativa é que a greve vai acabar. Vamos sentar na mesa e chegar numa proposta razoável. A secretaria entende que é um movimento precipitado e partidário de uma minoria do sindicato”, completa.
A Secretaria Municipal da Educação (Smed) tem feito o acompanhamento diário da atividade das unidades escolares municipais. De acordo com o levantamento divulgado nesta segunda-feira (23), 388 escolas municipais estão funcionando, o que representa 90% da rede. Apenas 44 escolas estão paradas.