Cerca de 28 milhões de pessoas no Brasil têm algum familiar que é dependente químico, segundo com o Levantamento Nacional de Famílias dos Dependentes Químicos (Lenad Família), realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em 2013. O tratamento da dependência química é justamente o tema do quinto vídeo da série Desmistificando a Saúde Mental. A iniciativa produzida pela Holiste traz a experiência da equipe multidisciplinar da clínica para esclarecer pontos fundamentais da psiquiatria e da saúde mental. Os primeiros quatro vídeos da série já tiveram mais de 80 mil visualizações e abordam temas como: Depressão, Hospital Dia, Acompanhamento Terapêutico e TranstornoBipolar. Os vídeos estão disponíveis no site http://bit.ly/saude-mental-video.
O psiquiatra Luiz Guimarães, um dos participantes do vídeo sobre dependência química
Neste quinto episódio o médico psiquiatra Luiz Guimarães e os psicólogos Pablo Sauce e Ueliton Pereira falam da dependência química de maneira clara e direta. Dentre os pontos tratados, os especialistas discorrem sobre as características da dependência química e o seu tratamento, além de destacar a importância da família no engajamento e responsabilização do paciente em todo o processo. “Não funciona dizer ‘pare de beber ou fumar’, isso é decisão de cada um. Até mesmo porque as pessoas fazem o que elas querem fazer. Mas estamos do lado dele para ajudá-lo”, explica Luiz Guimarães, psiquiatra da Clínica Holiste.
“Quando falamos de dependência é porque houve um aumento de um consumo, um descontrole desse uso. As pessoas acabam perdendo o rumo de sua vida, acabam perdendo sua autonomia, e vivem com a droga como se fosse uma bengala. Nós tratamos o sujeito que faz uso da substância, mas que perdeu o controle da vida”, comenta o psicólogo Ueliton Pereira.
O psicólogo Pablo Sauce explica que no tratamento de um dependente químico existem quatro perspectivas que orientam: medicação, abstinência, psicoeducação e responsabilização. “Cada uma dessas abordagens é um tratamento em si. A gente aposta na convivência das quatro vertentes, e utilizamos cada uma em função do caso ou do momento em que cada paciente se encontra”, afirma Sauce, que é coordenador do Programa de Dependência Química da Holiste.
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