“A gente começou a conversar sobre esse sonho coletivo de um centro na Bahia por volta de 2022 e a gente começou a dialogar sobre a ideia, o sonho, a utopia do que seria esse centro. E temos esse passo de não implementar de imediato. Se a gente tivesse feito esse movimento ali com base naquelas preceptores daquele momento, e tentasse implementar o centro seria muito diferente do que ele será a partir desse aprofundamento, dessa reflexão que a gente fez”, destacou Porto.
A diretora de educação ambiental da Sema, Kitty Tavares, ressaltou a importância do evento, destacando que o seminário foi provocado por uma convergência de esforços entre universidades, sociedade civil organizada, redes de educação ambiental e o Governo Estadual, por meio da Diretoria de Educação Ambiental da Sema.
“Esse é um seminário que foi provocado pelas instituições, das universidades, as sociedades civis organizadas, as redes de educação ambiental e o próprio governo do Estado por meio da Diretoria da Educação Ambiental, da Secretaria do Meio Ambiente, que está organizando esse momento a fim de abordar o que houve de avanço ao longo desses dois anos de debate e discussão sobre o Centro de Educação Socioambiental no Estado da Bahia”, disse Kitty.
Políticas públicas
Responsável por coordenar o projeto de implementação do centro na Bahia, o diretor do departamento de educação ambiental e cidadania do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marcos Sorrentino, enfatizou que a política nacional de educação ambiental precisa dialogar com as políticas públicas, que é a descontinuidade.
“Vários de nós aqui já teve experiências muito interessantes de educação ambiental. Elas acontecem durante uma gestão, durante a permanência de algum gestor, algum educador ambiental que gosta da história, e o que faz quando muda o governante, quando muda o reitor da universidade, quando muda o presidente da organização não governamental? A experiência morre. Então o que nós estamos procurando implementar são processos que permitam vencer a descontinuidade, a pulverização, a fragmentação e a desmotivação da sociedade para se apoderar do desafio de transformações que melhorem as condições existenciais, afirmou Sorrentino.
O seminário também contou com a presença de Araceli Serantes Pazos, da Universidade da Coruña, Galícia – Espanha, que compartilhou a experiência de implantação de um centro semelhante na Galícia. Araceli já havia participado de um encontro em março do ano passado e retornou para contribuir novamente com seu expertise.
Outros nomes de destaque presentes foram Jeanne Marie White, do Projeto Caraívas em Pirenópolis, além de representantes de redes de educação ambiental da Bahia, como Lilite Cintra e Zanna Matos. Durante o evento, também foram lançados os livros “Design para um novo modelo de educação” e “Crise Ambiental e Educação: por uma nova cultura da Terra, Corpos e Território”.
O seminário representou um marco importante na consolidação dos Centros de Educação e Cooperação Socioambiental na Bahia, um projeto que promete transformar o panorama da educação ambiental no estado, promovendo maior integração entre o poder público, a sociedade civil e as instituições de ensino.
Fonte: Ascom/Sema