Com o rápido aumento de casos da Covid-19, não só em Salvador, como também em todo o estado, o governador Rui Costa (PT) comentou que, se depender dele, não haverá nem o ‘Carnaval Indoor’ em fevereiro.
Nesta segunda-feira (10), durante o lançamento do Hospital Ortopédico no bairro do Cabula, na capital baiana, o gestor estadual reforçou que não haverá os festejos de rua no próximo mês e, visto a análise do avanço da pandemia e os casos de H3N2, não ocorrerá as festas privadas.
“Não terá Carnaval. Se continuar como está, nem festa privada não terá. E se continuar nesse ritmo de crescimento, não haverá festa nenhuma”, disparou durante a coletiva de imprensa.
O governador ainda comentou de novo sobre a quantidade de pessoas em festas e eventos na Bahia. Atualmente, o limite é de até cinco mil pessoas, podendo fixar neste número ou diminuir.
“Então, se hoje está em cinco mil, nós vamos reduzir. E se continuar crescendo, nós vamos reduzir ainda mais. Então, a realização de festas é vinculada com a possibilidade de garantia da saúde pública”, comentou.
Bruno Reis rema do lado contrário de Rui Costa
Enquanto o governador Rui Costa não autorizou o Carnaval na Bahia, o prefeito de Salvador Bruno Reis (DEM) reforça que a população mais pobre da capital precisa, sim, se divertir. O comentário do gestor municipal se deu por causa das festas privadas que vão acontecer e, como já noticiado pelo BNews, com ingressos caríssimos.
“Isso [decreto estadual] permitiu que, durante o período do Carnaval, alguns camarotes anunciassem que vão realizar suas atividades e alguns eventos sejam realizados em espaços fechados da cidade, que é o chamado Carnaval indoor. Daqui pra lá, temos que ver o avanço da pandemia”, explicou.
O prefeito ainda disse que a prefeitura vai ajudar nas festas públicas, fora do circuito dos eventos Indoor que serão realizados em Salvador.
“Pode ser que esses eventos não tenham condições de ser realizados e pode ser também que esse público seja ampliado. O fato é que, seja qual for o cenário, a prefeitura vai estar dando apoio na parte de fora, organizando o comércio informal e tentando atuar para evitar aglomerações”.