O prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) garante que ainda não definiu se será candidato à reeleição este ano. Favorito nas pesquisas de pré-campanha, o democrata diz que “sempre há” possibilidade de ficar de fora do pleito e descarta a hipótese de, caso confirme o nome na disputa, ter o atual secretário municipal de Educação Guilherme Bellintani em sua chapa. “Não tenho desejo nenhum. Primeiro, eu tenho tido muito cuidado, porque eu tenho uma vice (Célia Sacramento) que é minha parceira, minha amiga e que tem que ser considerada no processo e não deixa de ser uma alternativa. Não colocam ela, mas ela continua sendo e será uma alternativa sempre. (…) Primeiro eu tenho que decidir ser candidato. Depois que decidir que sou candidato, a gente vai discutir coletivamente quem será o vice”, afirmou. O prefeito também negou ter a meta de tentar o Palácio de Ondina daqui a dois anos. “Olha, é um grande engano imaginarem que eu vou entrar em 2016 olhando para 2018. Eu não vou fazer isso. Dois mil e dezesseis é eleição municipal, seja eu candidato, seja um candidato apoiado por mim. Dois mil e dezoito é outra história. E é outro equívoco também imaginar – e que isso fique registrado – que uma vez reeleito, quem sabe muito bem votado, que necessariamente eu vá ser candidato a governador”, alertou. Apesar do ano eleitoral, Neto admite que os últimos 12 meses da gestão serão de dificuldades, por causa da crise econômica, e cogita a possibilidade de, assim como aconteceu no plano estadual, o funcionalismo municipal ficar sem reajuste. “O que a gente precisa é aguardar os quatro, cinco primeiros meses do ano, para ver como se comporta a arrecadação, principalmente o IPTU. Aí nós vamos saber se o que nós vamos dar de reajuste aos servidores em 2016 é o que está na lei, que são 2%; se será menos – pode não ser nada, se a gente tiver uma surpresa muito negativa –; ou quem sabe até, se a gente tiver uma surpresa positiva, ter condições de dar mais do que 2%”, ponderou. Sobre os projetos pendentes, ele acusa o governo federal de atrasar o ritmo de obras na cidade, por falta de liberação de recursos, e elucubra um suposto boicote no travamento de R$ 300 milhões que seriam aplicados no BRT. “Salvador sabe, isso acho que está muito claro para todo mundo, que se esse projeto não sair é por perseguição política. Aí o governo e o PT assumam o discurso de terem perseguido, não o prefeito ACM Neto, mas o cidadão de Salvador”, disparou. Confira abaixo a entrevista na íntegra.
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