Nesta semana temos duas datas que chamam atenção para a saúde da mulher. No sábado, dia 28, temos o Dia Nacional de Luta pela Redução da Mortalidade Materna e o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher. A ginecologista Tatielle Teixeira Lemos, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, fala um pouco sobre cada uma dessas datas.
Sobre a luta pela redução da mortalidade materna, ela explica que o pré-natal é fundamental para evitar os riscos. “O pré-natal adequado pode diagnosticar muitas patologias, como pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e anemia, que se não tratadas corretamente podem levar a morte materna. No período a gestante tem seu peso monitorado e realiza vários exames. Além do pré-natal, um parto hospitalar com boa assistência também pode evitar essa mortalidade”. Conforme dados registrados no Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna, em 2021, o Brasil teve média de 107 mortes de mulheres a cada 100 mil nascimentos.
O número é bem superior aos 70 por 100 mil estipulados como um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) pela Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). O óbito materno é definido como a morte de uma mulher, ocorrida durante a gestação, parto ou no período de 42 dias após o término da gestação, por qualquer causa relacionada com a gravidez. A Covid-19 foi responsável por mais de 1.500 mortes ano passado, mas as principais causas da mortalidade materna costumam ser hipertensão, infecção e hemorragia, principalmente no pós-parto.
Saúde da mulher
De acordo com Tatielle Teixeira, o check-up ginecológico é o nome que se dá para a realização de exames relacionados à saúde da mulher, de acordo com cada fase da vida dela. “Faz parte do check-up a avaliação clínica e exames laboratoriais e de imagem. As alterações fisiológicas ou até mesmo doenças e infecções, quando identificadas no início apresentam maiores chances de cura, com mais alternativas de tratamento”, salienta a médica, destacando que os cânceres de colo de útero, de endométrio, de mama e as patologias ovarianas, seja benigna ou maligna, são as principais doenças que podem ser encontradas com esse acompanhamento e diagnosticadas no período inicial.