Salvador vai enfrentar as cinco piores semanas da pandemia do novo coronavírus, de acordo com a avaliação do secretário Municipal de Saúde, Leo Prates. O gestor afirmou, durante entrevista à TV Bahia, na manhã desta sexta-feira (18), que as viagens para as celebrações de fim de ano vão contribuir para o aumento considerável da doença. O município já registra uma alta nas taxas de infecções e procura por leitos de tratamento.
Leo lembrou que muitas pessoas estão procurando as ações do município para realizarem os testes rápidos como uma forma de garantir que não estão levando o vírus para suas famílias, mas, segundo ele, embora seja importante, os testes podem não detectar a presença da doença no organismo.
“Ontem foi um dia bastante duro para nós, fizemos uma reunião de emergência com a Sesab e a compreensão é de que nós viveremos, a partir da semana que vem, as cinco piores semanas da pandemia. Vocês noticiam um aumento expressivo nas UPAs. As pessoas estão achando que testar basicamente adianta. Você vai ver seus avô, seus parentes mais idosos, achando que está protegido. Não está. Todo teste, mesmo o PCR, tem uma janela, um período em que ele não detecta, então, é preciso entender que a testagem não é a garantia de que você não está com a doença, quer dizer que você, naquele momento, não desenvolveu a doença. A testagem para ver os parentes não é 100% segura”, comentou o secretário.
Na manhã desta sexta, 16 pacientes com Covid-19 internados na UPAs aguardavam uma regulação para os centros de tratamento. A taxa de ocupação de leitos clínicos e de UTIs na capital baiana é de 81%. Dos 441 leitos disponíveis, 356 estão ocupados.