Com o intuito de promover o encontro de bibliotecários comunitários de regiões do Nordeste do Brasil, a Fundação Gregório de Matos (FGM) realizou, de forma gratuita, nesta terça-feira (10), o Primeiro Encontro de Bibliotecas Comunitárias do Nordeste. O evento, aberto ao público, foi realizado de forma híbrida, com transmissão pelo canal do YouTube da FGM, e de forma presencial, no Teatro Gregório de Matos (TGM), no Centro.
O objetivo da iniciativa foi apresentar os trabalhos desenvolvidos pelas bibliotecas comunitárias junto à população, além de promover a discussão de ações para fortalecer outras estruturas semelhantes e a criação de políticas públicas voltadas para o segmento. Participaram do encontro a representante da biblioteca Livro Livre Curió, em Fortaleza (CE), Talles Azigonda; a representante da Biblioteca Popular do Coque, em Recife (PE), Maria Betânia Andrade; a representante da BC Semente Literária, em São Luís (MA), além de representantes de bibliotecas comunitárias de Salvador.
Desafio – Para o presidente da FGM, Fernando Guerreiro, os trabalhos desenvolvidos pelas bibliotecas comunitárias possuem uma enorme potencialidade. “A leitura em nosso país, infelizmente, ainda é um grande desafio, principalmente, se pensarmos nas diversidades de plataformas tecnológicas de estímulo e dispersão que temos hoje. O ato de ler virou um verdadeiro desafio e essas bibliotecas trazem a oportunidade de desenvolver esse trabalho de estímulo à leitura nas comunidades. Esperamos que o encontro gere bons frutos e boas ideias”, disse.
Para a gerente de Biblioteca e Promoção do Livro e Leitura, da FGM, Jane Palma, as bibliotecas são pontos de convergências e de vivências comunitárias. “Percebo nesses cinco anos de trabalho desenvolvido na FGM que as bibliotecas comunitárias têm ações divididas entre escola, casa e comunidade. O mais interessante é que conseguem agregar os jovens dentro de todas as ações que realizam, como, por exemplo, ações culturais e sociais”.
Desenvolvimento social – A gerente Solange Sousa, da biblioteca comunitária Clementina de Jesus, em Alagados, no final de linha do Uruguai, contou que o trabalho desenvolvido na unidade, há 27 anos, envolve mediações de leituras, contação de histórias e vale literário, dentre outras atividades.
“O processo desenvolvido pelas bibliotecas comunitárias é transformador. A partir do momento que damos direito de acesso à leitura para essa comunidade, estamos, também, contribuindo para o desenvolvimento social dela”. Atualmente, a capital baiana possui cerca de 14 bibliotecas comunitárias e mais de 50 mil acervos de livros.
Fotos: Otávio Santos/Secom