A chegada do verão intensifica a circulação de visitantes em Salvador, além de ser o cenário ideal para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Para evitar que isso aconteça, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), montou o Plano de Intensificação do Controle do Aedes durante a estação mais quente do ano.
Nesta quarta-feira (14), às 8h30, os agentes de limpeza vão intensificar as ações de revisita aos imóveis focados, aplicar Ultra Baixo Volume (UBV) e realizar ações educativas no Largo São Domingos, na Liberdade. Ainda neste mês, acontecerá a “Semana de Mobilização contra o mosquito Aedes”, entre os dias 26 e 30, sendo que esta última data será o “Dia D” contra as arboviroses.
Entre novembro próximo e abril de 2019, mais 1,5 mil agentes de combate às endemias vão promover uma série de medidas nas áreas mais afetadas por focos de mosquitos na capital baiana. De acordo com o último LIRAa, os bairros de Amaralina, Caminho das Árvores, Itaigara, Pituba, Rio Vermelho apresentaram o maior índice de infestação (5,3).
Entre as ações do plano estão 100% de revisitas a imóveis onde foram encontrados focos. Também integram a lista o levantamento das bocas de lobo e canaletas de drenagem de águas pluviais no combate as arboviroses e outros agravos; aplicação a Ultra Baixo Volume de inseticida nas áreas onde ocorrerão as festas populares; e inspeção e borrifação, caso necessário, na área externa das UPAs e hospitais.
A subcoordenadora de arboviroses do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Isolina Miguez, esclarece que o ciclo de transmissão do mosquito sempre inicia em novembro. “Esse é o momento do ano ideal tanto para o desenvolvimento mais rápido do inseto quanto para a transmissão da doença, que é o favorecimento desse clima de sol com chuvas espaçadas. O objetivo é deixar o ambiente na melhor condição possível para erradicar os focos de Aedes”, explicou.
LIRAa – Pela segunda vez consecutiva, o Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) apresentou redução da infestação do mosquito em Salvador. O Índice de Infestação Predial (IIP) da cidade passou de 2,6% (julho/2018) para 2,1% agora em outubro. Ou seja, a cada 100 imóveis visitados, pouco mais de dois deles apresentaram focos do vetor.
Apesar da redução do indicador, Salvador permanece em estado de alerta para ocorrência de uma epidemia de dengue, zika vírus e chikungunya. De janeiro a outubro, a capital baiana registrou 1.310 casos prováveis de dengue, sendo 41 confirmados. Foram notificados ainda, 82 casos de chikungunya e 75 de zika, com confirmação de 11 e 18 casos, respectivamente.