O Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 2 e 5 de janeiro, apontou que o novo Índice de Infestação Predial (IIP) na capital baiana passou de 2,3% (novembro/2017) para 1,8% neste início de ano. Ou seja, a cada 100 imóveis visitados menos de dois apresentaram focos do mosquito. O estudo revelou ainda uma diminuição no número de áreas com alto risco para epidemia das doenças transmitidas pelo mosquito no município, passando de 22 bairros – contabilizados no ano passado – para 10 este ano.
Os distritos sanitários de Itapagipe e Brotas apresentam índice de infestação igual ou menor a 1,0% – o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso significa que essas áreas não correm risco de uma epidemia da doença. Os demais distritos da capital baiana, apesar de estarem com índice em estado de alerta, apresentam resultados satisfatórios.
“Estamos intensificando as ações para fechar o cerco ao mosquito, sobretudo nesse período do verão, quando a circulação de pessoas é maior na cidade. Historicamente, o mês de janeiro é o período onde o índice de infestação começa a apresentar crescimento por conta dos aspectos climáticos favoráveis para proliferação do vetor”, pontuou a Diretora de Vigilância e Saúde, Geruza Morais.
Apesar do intenso trabalho das equipes de campo ter um resultado importante na redução da infestação do Aedes na cidade – em 2017 foram realizados 51 mutirões – alguns aspectos ainda têm dificultado o enfrentamento ao vetor. O primeiro LIRAa desse ano identificou que os depósitos ao nível de solo, como baldes e tonéis, recipientes utilizados para o armazenamento de água, foram os principais pontos onde os criadouros foram identificados.
“Observamos no estudo que os bairros com maior incidência para o vetor são aqueles que não têm o fornecimento regular de água. Quando o abastecimento é incerto, normalmente as pessoas buscam armazenar a água para o consumo e muitas vezes esquecem de tampar os recipientes para evitar a proliferação dos focos. É preciso lembrar que o combate ao Aedes depende de uma parceria do poder público e população para alcançar ainda mais a redução esperada”, conclui Morais.
Operação Carnaval – Para garantir o controle vetorial do inseto transmissor da dengue, zika e febre chikungunya, a Secretaria Municipal da Saúde montou um esquema especial para evitar uma possível epidemia durante a festa momesca. Próxima semana, o órgão vai realizar inspeções em hotéis da capital. Além das ações de rotina realizadas pelo CCZ, os agentes de combate às endemias realizarão a inspeção e borrifação de inseticida no entorno das UPA’s, bem como nos bairros onde terão programação momesca e nos circuitos oficiais da folia.
Os profissionais também intensificarão os trabalhos educativos no aeroporto, rodoviária, porto de Salvador, ferry boat, prestando orientações a respeito de medidas de prevenção das doenças. Equipes do CCZ também estarão de plantão durante todo carnaval para realizar o bloqueio focal nas residências com suspeita de pessoas acometidas por alguma arbovirose.