Os estudantes da rede estadual têm, cada vez mais, se destacado em eventos científicos. Desta vez, são os alunos do curso técnico em Agroindústria, do Centro Territorial de Educação Profissional (Cetep) do Médio Rio das Contas, localizado em Ipiaú, que tiveram três projetos premiados na segunda edição da Tenda da Ciência.
O evento é promovido pelo Instituto Federal Baiano (IF Baiano) – Campus Guanambi, com a participação de estudantes de escolas públicas e privados da Bahia.
O projeto de pesquisa “Choconudo: canudo comestível”, desenvolvido pelas estudantes Ana Clara Santana e Ana Clara Santos, e o projeto “Afrobeauty: tônico capilar à base da folha da goiabeira e óleo de coco para cabelos crespos e encaracolados”, criado pelas estudantes Laysa Minelle, Janaína Oliveira e Stéfane Andrade, foram premiados com a medalha de honra Mulheres na Ciência. O projeto “Benefícios da Alfarroba em substituição ao cacau em pó na alimentação”, dos estudantes Elizane Cruz, Laura da Luz e Pedro Henrique Ferreira, foi contemplado com uma Bolsa de Iniciação Científica, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Para a estudante Stéfane Andrade, 16, do projeto AfroBeauty, a premiação foi muito importante. “Nosso projeto tem como objetivo cuidar e valorizar os cabelos tipicamente brasileiros. Esta medalha é o reconhecimento e o testemunho do trabalho árduo e a dedicação à excelência. Continuaremos a quebrar barreiras e inspirar futuras gerações de mulheres cientistas”.
Já a estudante Elizane Cruz, 17, do projeto sobre a alfarroba, afirmou que a experiência de criar, desenvolver e ser premiada pelo seu esforço é gratificante. “Saber que o seu projeto é bom e ainda conseguir uma bolsa de iniciação científica é uma experiência maravilhosa. Estamos muitos contentes com essa conquista”.
Segundo a professora-orientadora de um dos projetos, Rosilma Rodrigues, a conquista dos prêmios é de suma importância para o estímulo, a participação e a permanência dos estudantes nas carreiras científicas. “A participação das mulheres na Ciência ainda é muito reduzida, pois a produção do conhecimento sempre foi um espaço reservado ao público masculino. Então, ter seus trabalhos científicos reconhecidos faz com que nossas estudantes percebam que têm a condição e o dever de ocupar espaços na produção do conhecimento em diversas áreas”.
Fonte: Ascom/SEC