Capacitar e oferecer assistência técnica a catadores de materiais recicláveis para garantia de direitos básicos, formação de redes de cooperativas e comercialização dos produtos a preços justos. Esses são os objetivos do projeto Pró-Catador, que está atendendo 4.041 catadores, em 12 municípios das regiões norte e sul da Bahia, nos meses de novembro e dezembro deste ano.
A iniciativa é da Secretaria do Trabalho Emprego, Renda e Esporte (Setre) e está sendo executada pelos Centros Públicos de Economia Solidária (Cesols) Sertão do São Francisco e Litoral Sul, com recursos do Governo Federal.
Os cursos e oficinas são realizados por equipes multidisciplinares, visando contribuir para a autonomia organizativa e econômica dos participantes. No norte do estado, as atividades estão sendo ministradas por pedagogos, psicólogos e gestor ambiental, nas cidades de Juazeiro, Barreiras, Jacobina, Senhor do Bonfim e Irecê.
“O Pró-Catador promove a valorização de trabalhadores e trabalhadoras que muitas vezes vivem em situação de vulnerabilidade e enfrentam muitas dificuldades na comercialização. A capacitação e a assistência ofertadas pela equipe reúnem informações básicas e essenciais para os grupos”, explica a coordenadora do projeto na região, Joyce Jatobá.
Já no sul baiano, biólogos, assistente social, educador físico e técnicos estão envolvidos no projeto, que ocorre em Itabuna, Ilhéus, Itacaré, Itamaraju, Teixeira de Freitas, Eunápolis e Porto Seguro. “A ação leva dignidade aos catadores, que são tão essenciais na sociedade, por meio de informações e conhecimentos que, sem dúvida alguma, agregarão para o trabalho e para a vida destes cidadãos”, pontua o coordenador do Cesol Litoral Sul, Thiago Fernandes.
Equipamentos
Além das formações, os catadores recebem kits de equipamentos de proteção individual, compostos por calça, camisa, botas, máscaras com filtro, bonés, big bags e luvas adequadas à atividade. Para as cooperativas atendidas, a Setre entregou uma esteira, seis prensas, seis balanças eletrônicas e seis carrinhos elétricos, equipamentos que vão garantir melhorias significativas no trabalho dos catadores.
De acordo com a coordenadora de Inovação e Fomento à Economia Solidária da Setre, Mércia Porto, os projetos, ações e programas para os próximos anos estão sendo construídos em consonância com a nova realidade de trabalho desta categoria, tendo em vista a necessidade de adequar formações e eventos à realidade da pandemia da Covid-19.
Fonte: Ascom/Setre