Uma forma diferente de alfabetizar crianças através da ludicidade. A iniciativa que os professores da Escola Municipal Saturnino Cabral, em Cosme de Farias, adotaram para ensinar os alunos utiliza até mesmo objetos reciclados – tubos de PVC, tampinhas e rolos de papel são alguns exemplos – e cativam os estudantes de forma leve e divertida. No local, turmas da Educação Infantil dos grupos IV e V, além do Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano aprendem brincando, transformando a sala de aula em um ambiente onde todos querem estar.
Segundo a diretora da escola, Jaciara Araújo, a ludicidade sempre foi trabalhada na instituição. “Às vezes, trabalhar só com material tradicional já não atrai, então sempre buscamos alternativas para que as crianças se sintam atraídas pela aprendizagem, para que venham para a escola sempre querendo mais.”
O professor Renato Borges ensina crianças do 2º ano com jeito diferente de formar palavras, em uma atividade que envolve todos os pequenos. A ideia surgiu após a pandemia, quando os professores perceberam que as crianças precisariam de um letramento mais incisivo. “Procuramos estratégias de como fazer e uma das formas é aprender brincando, então a gente fez esse jogo que é colaborativo, em que todos da sala brincam e aprendem juntos”.
Trabalho em equipe – O educador afirmou que, durante as aulas, as crianças trabalham em conjunto, para que um ajude o outro na montagem das palavras e na resposta aos comandos em sala. “No jogo, a gente trabalha não só a questão da palavra, mas também a escuta do comando, que é importante. Muitas crianças têm dificuldade em ouvir comandos e eles têm o momento de parar, escutar e ouvir”.
A escola conta também com outros projetos lúdicos. “Temos vários outros jogos e estratégias de como chegar e fortalecer esse aprendizado da criança. Não só jogos de alfabetização na leitura e escrita, mas também matemáticos”, disse o professor. “Sempre fazemos com que a aula seja interessante e participativa para que a criança se sinta à vontade e comece a se desenvolver. Isso não tem preço para o professor, é maravilhoso”.
A aluna Alane Santos, de oito anos, confessou que acha a atividade legal. “É o melhor professor que eu já tive”, assumiu. “Eu amei a atividade do caderninho, porque acertei várias vezes. Gosto muito de participar. E ajudo os colegas também a adivinhar”.