De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de colo de útero é o terceiro tipo mais comum de neoplasia entre mulheres e a quarta maior causa de morte por câncer no Brasil. Sua incidência é estimada em mais de 16 mil casos por ano. Especialistas alertam que quanto mais precoce o diagnóstico maior é a chance de cura, menos agressivo será o tratamento e menos sequelas ele vai deixar. A detecção precoce da condição é feita de forma simples, por meio do exame preventivo de Papanicolau.
O ginecologista, obstetra e diretor médico da Maternidade Brasília, Evandro Oliveira, explica que o câncer do colo do útero é uma decorrência da infecção causada por alguns tipos de Papilomavírus Humano (HPV). “A maior parte dos casos de infecção por esse vírus não causa a doença. No entanto, os tipos oncogênicos do vírus provocam alterações celulares que podem evoluir para o câncer. A boa notícia é que essas alterações podem ser descobertas com bastante facilidade por meio do preventivo (exame de Papanicolau) e podem ser tratadas e curadas na maioria das vezes. Essa é a razão pela qual é fundamental manter o exame preventivo em dia”, alerta o médico. Também conhecido como câncer cervical, esse tipo de tumor se desenvolve de forma lenta e, normalmente, não apresenta sinais em sua fase inicial. Já em casos mais avançados, o principal sintoma da doença é o sangramento vaginal acompanhado de mau cheiro, inclusive após a relação sexual. “É uma doença de caráter progressivo e praticamente assintomática no início, mas depois que os sintomas começam, se define como uma doença avançada. Ela acomete primeiro o colo do útero, a região anatômica do órgão que fica em contato com a vagina. Se houver metástase – quando o câncer se dissemina além do local onde se originou –, ela pode atingir a vagina, a bexiga e o reto, que são locais próximos ao útero, bem como os pulmões, o intestino, o cérebro e os ossos, o que caracteriza a metástase à distância”, explica o Dr. Evandro Oliveira. Além da realização do exame preventivo anual, existem outras formas de evitar a doença. A prevenção primária inclui evitar o contágio com o HPV, que ocorre por meio de relações sexuais sem proteção. “A utilização de preservativos previne todas as infecções sexualmente transmissíveis (IST), entre elas o HPV, que é o grande responsável pelo surgimento do câncer de colo de útero. As formas de prevenção desse tipo de câncer são duas: pela realização do exame de Papanicolau anualmente por mulheres sexualmente ativas e pela vacinação contra o HPV”, pontua o ginecologista. O tratamento da doença é indicado de acordo com a avaliação do médico e leva em consideração as características da doença, como evolução, estágio, tamanho do tumor e idade da paciente. Entre as opções de tratamento estão a cirurgia, quimioterapia e radioterapia. O ginecologista reitera ainda que quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura e maior a possibilidade de manter a fertilidade da paciente para a possibilidade de uma futura gestação. Por fim, vale destacar que a Maternidade Brasília, assim como o Hospital Brasília, conta com o Núcleo de Cuidado Integral à Saúde da Mulher (NCISM) para oferecer atendimento multidisciplinar por profissionais de diferentes especialidades, como proctologia, ginecologia, nutrição, fisioterapia e psicologia. Para saber mais, acesse o site: www.maternidadebrasilia.com.br |
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