Dos três candidatos que aparecem liderando as pesquisas de intenção de voto, certamente Jerônimo Rodrigues (PT) era o único que absolutamente ninguém imaginava sair candidato há um ano. Não é incorreto dizer que Jerônimo caiu de paraquedas na eleição – algo que ele mesmo admite.
O fato é que agora é ele. E o ex-secretário de educação da Bahia corre contra o tempo para se tornar conhecido e aposta em vincular sua imagem aos caciques petistas do Brasil e da Bahia para ganhar a simpatia do povo.
Jerônimo tem pelo menos duas estratégias nítidas em sua pré-campanha até aqui: a primeira é a supracitada estratégia de dizer que faz parte de um time composto por Lula, Wagner, Otto Alencar e Rui Costa. Tanto Jerônimo quanto todos os outros repetem esse discurso à exaustão, até para poder vincular ACM Neto (União Brasil) ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem alta rejeição na Bahia.
Outra estratégia é questionar o fato de Neto não abrir o jogo publicamente sobre quem apoiar para a Presidência e rejeitar qualquer tipo de vinculação com a eleição nacional, defendendo, quase que em todas as aparições, a verticalização do pleito eleitoral de outubro.
A outra é se mostrar como uma renovação de fato nos quadros do PT, algo que o próprio Jaques Wagner mencionou ao dar a grande cartada da pré-campanha até o momento: trazer o MDB para sua base ao colocar Geraldo Júnior como pré-candidato à vice-governadoria. A chegada de Geraldo ainda representou um equilíbrio nas forças políticas em um pólo importante para as eleições: Salvador.
Geraldo Júnior fez uma manobra que o possibilitou ser reeleito presidente da Câmara de Vereadores da capital baiana e isso fez a balança se reequilibrar na relação entre Governo e Prefeitura: se a base de ACM Neto ganhou força na Assembleia Legislativa com a chegada de João Leão (PP), vice-governador, para o seu lado; o PT conseguiu pelo menos fazer com que a oposição fique assustada com Geraldo Júnior dentro da CMS.
É tanto que Bruno Reis (União Brasil), prefeito de Salvador, fez mudanças no seu time de articulação na Câmara pouco tempo depois da virada de casaca feita pelo MDB, promovendo a volta de Kiki Bispo (União Brasil) para a casa na condição de vice-líder do governo. A ideia é fazer uma dupla com Paulo Magalhães (UB), atual líder.
Segunda (09/05) – ACM Neto (União Brasil)
Terça (10/05) – Giovani Damico (PCB)
Quarta (11/05) – Jerônimo Rodrigues (PT)