O Centro de Cultura da Câmara Municipal sediou, na tarde desta quarta-feira (12), o Seminário “Música na Cidade da Música”. A atividade reuniu no auditório do espaço multiuso educadores, músicos e pesquisadores, que debateram sobre a história e o atual a panorama musical da Bahia.
O evento também prestou homenagem ao Dia do Organista, comemorado em 9 de setembro. “É uma data especial, que surgiu da Lei Municipal (nº 8.861/15) instituída a partir de um projeto do vereador (licenciado) Joceval Rodrigues”, explicou o maestro e pesquisador Marcos Santana, organizador do Seminário.
Conforme Marcos Santana, o órgão é um instrumento que tem importância histórica na formação musical brasileira. Segundo ele, os indígenas se sensibilizavam com a sonoridade, utilizada como meio de catequização. Para Santana, “Salvador é uma cidade musical, mas precisa ser musicalizada, além da herança cultural”.
Musicalização
De acordo com o maestro Carlos Veiga, regente do Coral da Câmara de Salvador, apesar da música estar presente no cotidiano da população, ainda há limitação educacional. “A gente não tem um processo de musicalização das pessoas, infelizmente temos isso desperdiçado. Ainda falta oportunidade para o estudo da música”, lamentou.
Como contraponto positivo, Veiga mencionou o trabalho desenvolvido pelo Neojiba (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia), que forma jovens de comunidades carentes e encontra-se atualmente em turnê europeia.
Durante o Seminário, o jornalista Jorge Ramos, que recebeu diploma “Amigos dos Órgãos de Tubos”, ministrou palestra sobre o ensino da música na Bahia.
Comemorando 20 anos do Projeto Memória Musical da Bahia, Marcos Santana lançou durante o evento o livro “Em Berço Esplêndido – O Hino Nacional do Amazonas ao Prata”.
O Seminário “Música na Cidade da Música” foi encerrado com a apresentação do Coral da Câmara, que executou o Hino Nacional, “Onde Deus possa me ouvir” e “Como é grande o meu amor por você”.