O rompimento do vice-governador João Leão (PP) com o governador Rui Costa (PT) durante o período de pré-campanha eleitoral ainda é um assunto que dá o que falar nos bastidores da política baiana. E ainda repercute – seja para bem ou para o mal.
Senador eleito, Otto Alencar (PSD) deu mais detalhes sobre o acontecimento, motivado por uma negativa do próprio Otto em sair candidato a Governador para que Rui renunciasse e se candidatasse ao Senado. A manobra permitiria que Leão fosse governador por 9 meses. Mas não aconteceu. E deu em confusão das grandes.
Leão se revoltou e partiu, junto ao PP, para o grupo de ACM Neto (União Brasil), candidato que era o principal adversário do PT na corrida eleitoral, e se candidatou ao senado – abrindo mão alegando problemas de saúde. Iria enfrentar Otto no pleito. Desistiu alegando dificuldades de saúde e seu filho, Cacá leão (PP) assumiu.
Em entrevista à rádio Metrópole na manhã desta segunda-feira (5), Otto abriu o jogo sobre as negociações para que Leão ficasse como governador e trouxe novidades sobre o caso.
Pela primeira vez, Otto admitiu que havia resistência petista a Leão assumir o governo.
“Tinha uma dificuldade muito grande na época de se passar o governo para o então vice-governador João Leão. Ele assumiria o governo para fazer a transição. (Havia resistência) de alguns setores que às vezes questionavam isso”, declarou.
Sobre se candidatar ao governo, ele reiterou que não era seu projeto e não tentou por não ter se preparado por isso.
“”Não era meu projeto. Não tinha essa perspectiva de ser candidato ao governo. Foi muito em cima”, declarou, ao salientar que, se fosse candidato a governador, teria o apoio da maioria do PT”, finalizou.