Na manhã desta sexta-feira (17), a partir das 10 horas, os rodoviários devem decidir se as atividades vão paralisar de fato. Dentre as reivindicações, a categoria alega que direitos como o FGTS não está sendo recolhido há oito meses por determinadas empresas. De um lado, os empresários reclamam que os rodoviários não bateram meta de passageiros. Por outro, os rodoviários rebatem que não têm culpa de não ter alcançado as expectativas, já que “acordaram cedo como sempre fizeram para trabalhar”.
O diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários, Daniel Mota, afirma que um acordo entre a categoria e empresários é complicado no momento: “É uma realidade, os empresários não cumpriram com sua meta, não tem mais condições da gente negociar com eles”.
O diretor atribuiu a redução da meta a possíveis fraudes, realizadas por pessoas que ficam no final de linha negociando a gratuidade por passagem. “Acreditamos que existe uma saída. A prefeitura de Salvador tem que chamar os empresários para conversar”, disse.
Os rodoviários estão em estado de greve desde a quinta-feira (16). Após 72 horas, eles podem parar as atividades com mais de 50% do efetivo. A classe reivindica ainda reajuste de 18% no salário, ticket-alimentação no valor de R$ 20 e a redução do desconto do auxílio-alimentação.