“Estamos vivendo uma crise política, econômica e institucional há quase cinco anos. Talvez seja uma das mais graves desde que o Brasil se tornou nação, em 1822. Defendo a legalidade, a força da nossa Constituição, mas é preciso que os homens públicos dialoguem para que o país avance. Um dos pilares da democracia é justamente o fato de que a oposição tem que ser ouvida e, sobretudo, respeitada. Espero que no Bicentenário da Independência, em 2022, o Brasil esteja pacificado, com todos trabalhando para ainda superar as nossas graves carências sociais”, apregoou hoje (7.09), durante o desfile comemorativo do 7 de Setembro, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA, Nelson Leal.
Para Leal, que estava no palanque do Campo Grande, em Salvador – acompanhado do governador Rui Costa, do prefeito ACM Neto, do general Silva Alvin, comandante da 6a Região Militar, de autoridades civis e militares do Exército, Marinha e Aeronáutica – as tensões políticas vividas no país criam uma situação bastante desfavorável para o nosso desenvolvimento econômico. “As agências internacionais estão sinalizando que os investidores estão ressabiados com o Brasil. É preciso garantir um ambiente de negócios favorável, com segurança jurídica e política. As reformas da previdência, fiscal, as privatizações e o novo pacto federativo poderão ajudar muito o país a crescer, mas sem estabilidade política, tudo isso pouco vai adiantar”, vaticina o chefe do Legislativo da Bahia.
O presidente da ALBA disse que gostou da presença do povo nas ruas de Salvador e dos 4 mil militares que desfilaram pelo Campo Grande. “Esse desfile mostra que a sociedade e as Forças Armadas estão cumprindo o seu papel de fazer com que o Brasil siga nos trilhos da normalidade democrática. Agora é hora dos diversos agentes políticos se entenderem. Na Assembleia Legislativa da Bahia, os governistas e os oposicionistas mantêm suas posições divergentes, mas têm trabalhado pelo progresso do Estado. É um bom exemplo”, destacou Leal.