Quem necessita de uma unidade de saúde em Plataforma, subúrbio ferroviário, precisa ter disposição e paciência para buscar atendimento em bairros como Escada, Periperi e Paripe, Isso porque a unidade de emergência do bairro, na 2ª Travessa Antônio Balbino, não funciona há mais de cinco anos. A unidade passou por duas reformas, mas está fechada.
“Vimos a reforma acontecer, mas continuamos na expectativa do funcionamento. Na hora que precisamos de atendimento, tem que ir em busca em outros bairros”, reclama a moradora Ruth Feliciano, 30 anos.
Para Sandra Costa, coordenadora-geral da associação de moradores do bairro, o problema tomou proporções ainda maiores com o fechamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Escada, local próximo ao bairro, onde os moradores procuravam buscar atendimento de emergência.
“A comunidade está se perguntando quando isso será solucionado. Quando procuramos as unidades básicas de saúde da região, é difícil encontrar atendimento ou um médico especializado”, relata a coordenadora.
Para ela, o acesso aos hospitais de grande porte em regiões vizinhas não é a solução, uma vez que, para se conseguir uma consulta, no Hospital da Mulher, por exemplo, é necessário um encaminhamento que só é feito em unidades básicas da prefeitura.
Sesab
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que, em virtude do redesenho da rede de atenção da saúde na capital, está em negociação com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) a finalidade e destinação da unidade de Plataforma.
Ainda segundo informações do órgão, há um processo de licitação em curso para as adequações necessárias, a fim de realizar a transferência.
A população do subúrbio dispõe de atendimento de urgência e emergência nas seguintes unidades: UPA de Periperi (municipal), além do Hospital João Batista Caribé, que é voltado para o atendimento à mulher, e o Hospital do Subúrbio, para casos mais graves.
Além disso, existe o Hospital Alayde Costa, onde constam leitos de retaguarda. Todas estas unidades totalizam mais de 40 mil atendimentos por mês, isso sem contabilizar os postos de saúde da região.