As comunidades inseridas na poligonal do projeto Novo Mané Dendê – que abrange os bairros de Santa Terezinha, Plataforma, Ilha Amarela, Itacaranha e Rio Sena -, conhecerem no último fim de semana, o resultado da pesquisa socioeconômica, realizada pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), que entrevistou aproximadamente 4 mil famílias, entre abril e outubro deste ano, e revela o retrato da comunidade. A Fundação também disponibilizou os mapas das áreas de intervenção para que os moradores pudessem localizar seus imóveis.
“É muito importante que a comunidade saiba porque fizemos esse trabalho, porque fomos até as suas casas entrevistá-las. Com essa devolutiva do cadastramento, as pessoas vão conhecer mais detalhadamente o projeto e poderão opinar. O mais importante é que os moradores tenham conhecimento pleno do projeto”, avalia Tânia Scofield, presidente da FMLF.
Durante a manhã, a reunião aconteceu na Escola Municipal Senador Antônio Carlos Magalhães, no bairro do Rio Sena. Inicialmente foram apresentados os dados sócio-econômicos – a exemplo de números de imóveis residenciais e comerciais; percentual de jovens que não frequentam a escola; índice de adultos que não possuem nível fundamental completo; número de desempregados, entre outras informações. Logo em seguida, os moradores tiveram acesso à planta da área onde haverá intervenção, e puderam esclarecer suas dúvidas com os arquitetos e urbanistas da equipe da FMLF, localizando, exatamente onde estão suas respectivas casas.
“A metodologia usada hoje foi muita boa. Tranquiliza muito a gente quando disponibilizam os mapas das áreas de intervenção. A gente se identifica e se situa”, observou o rodoviário José Gilson Pereira de Jesus, 58 anos, morador de Ilha Amarela e fundador da Associação Nova Esperança de Ilha Amarela e da Biblioteca Parque de São Bartolomeu.
O encontro da tarde, na Escola Municipal Manoel Barradas, teve o mesmo formato e objetivos, dando oportunidade para os moradores que não puderam participar no turno da manhã. “São vocês que irão apontar para a Prefeitura quais os projetos de capacitação que desejam. O próximo ano, 2019, será de trabalho conjunto”, afirmou a presidente da FMLF.
A partir de janeiro serão realizadas reuniões individuais com moradores que poderão ter suas casas relocadas.