Aglomeração, ambiente abafado e mudança de temperatura podem ser os principais fatores para casos de conjuntivite no período do Carnaval. Até esta segunda-feira (12), os módulos de assistência à saúde montados pela Prefeitura, registraram 85 diagnósticos da doença nos circuitos da folia. Chama a atenção o aumento do número de casos, já que em todo o Carnaval do ano passado houve apenas 17 foliões com sintomas dessa doença.
Além do clima e compartilhamento de objetos pessoais, maquiagens vencidas e de produtos como glitter podem aumentar o risco de contágio da doença, já que a presença de corpo estranho nos olhos leva à irritação ocular. Segundo a oftalmologista da rede municipal de saúde, Edriene Teixeira, cuidados como lavar bem as mãos e evitar o contato direto com os olhos são as formas de prevenção mais eficazes. “Nos sinais de olho vermelho e ardor, é necessário fazer assepsia com soro fisiológico gelado, de preferência, e procurar um oftalmologista para diagnóstico preciso do tipo de conjuntivite e prescrição de tratamento adequado”, indica.
Há três tipos principais de conjuntivite: bacteriana, alérgica e viral, sendo este último mais comum no verão, causado pelo ‘adenovírus’, que tem rápida disseminação e é bastante contagioso. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) está fazendo busca ativa nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), fora dos circuitos, como medida de prevenção e rastreamento da doença. Durante o ano de 2017, a pasta registrou 1.894 casos de conjuntivite, em toda a rede.