Os bebês costumam ser abandonados logo após o nascimento, ou simplesmente são deixados em algum lugar na rua depois que a mãe percebe que não tem os meios para cuidar de seu filho.
Quando as crianças chegam ao orfanato da Fundana, geralmente já estão à beira da inanição.
A situação tem piorado nas últimas semanas, diz Karen, a conselheira-chefe da instituição:
“Costumava haver uma instalação em Petare [onde há uma das maiores favelas da América] onde as mães podiam deixar seus filhos, uma espécie de casa intermediária entre eles e nós, “mas depois que o regime a encerrou há algumas semanas, essas mães não têm para onde ir, e isso significa que esses bebês acabam na rua. Na semana passada, um membro da nossa equipe encontrou um menino seminu de um ano fora do metrô, com nada mais do que um cobertor velho e maltrapilho para sentar e um único biscoito em uma sacola, amarrada ao seu pulso.”
Segundo a Gazeta do Povo, ela acrescentou:
“Só no mês passado nós pegamos em 27 bebês que foram deixados na rua, recém-nascidos que foram deixados em uma caixa ao lado da estrada, como se fossem o lixo de ontem.”