O Candomblé é uma religião baseada nos princípios de senioridade e ancestralidade. Uma crença que valoriza a experiência e o conhecimento dos mais velhos. Essa é a temática do média-metragem Do que aprendi com minhas mais velhas, dirigido por Fernanda Júlia Onisajé e Susan Kalik, que será exibido no dia 11 de junho, às 18h, na Sala Walter da Silveira (Barris).
Após a exibição do média-metragem, produzido através do edital Curta afirmativo 2014: Protagonismo de cineastas afro-brasileiros na produção audiovisual, do Ministério da Cultura, ocorrerá um bate-papo com a líder comunitária e religiosa Makota Valdina e a Egbomi Vanda Machado (Ilê Axé Opô Afonjá), sobre a sabedoria feminina e seus olhares sobre o mundo.
O documentário fala como a fé no Candomblé é transmitida de geração em geração. Nenguas, Yalorixás e Egbomis contam como aprenderam com seus mais velhos e como ensinam aos seus mais novos. Um filme sobre tradição, amor e religiosidade. As mais velhas são mais que importantes, são mantenedoras da história e da tradição.
“A mais velha foi aquela que percorreu maior parte do caminho. É mediadora entre os mais novos, as divindades e os ensinamentos do processo iniciático. É por meio da experiência dessas Yás que nós mais novos aprendemos”, explica Fernanda Júlia, que dirige seu primeiro documentário e, atualmente, é diretora teatral e dramaturga do Núcleo Afro-Brasileiro de Teatro de Alagoinhas – NATA.
Produções
Diretora na Modupé Produtora, empresa com outros projetos ligados ao Candomblé e Ancestralidade Afro-brasileira, Susan Kalik começou a filmar mais um documentário que vai falar dos 20 anos do NATA, grupo teatral vem rodando o Brasil com seus espetáculos, como Sire Obá e Exu – A Boca do Universo, e neste momento divide suas ações entre Alagoinhas e Salvador com o projeto OROAFROBUMERANGUE.