A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), comemorou a pesquisa que mostra que as cidades com mulheres prefeitas apresentaram melhor desempenho no combate à pandemia do novo coronavírus. De acordo com estudo conduzido pela Universidade de São Paulo e pela Universidade de Barcelona, no Brasil, as cidades conduzidas por mulheres tiveram 43% menos vítimas fatais de covid-19.
Ainda segundo a pesquisa, se metade dos 5.568 municípios do Brasil fossem liderados por mulheres, o país poderia ter nesse momento 15% menos mortes. Um dos pontos que se destacam nas “gestões femininas” é a maior rigidez em medidas de prevenção, como o uso de máscaras. “Essa é mais uma evidência do quanto as mulheres, seja na política ou em qualquer outro espaço de poder e decisão, têm feito a diferença, embora essa presença feminina ainda seja muito pequena e sem o devido reconhecimento”, diz a republicana. “Não podemos permitir que o machismo estrutural destrua a fé em nós mesmas, na nossa capacidade de contribuir para ressignificar a ideia de gestão pública voltada para as necessidades do povo”, acrescenta.
Ireuda ainda lembra que as mulheres foram as mais afetadas pela pandemia: violência doméstica, feminicídio, desemprego e desigualdade salarial, inclusive no setor da saúde, onde são maioria. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Universidade Federal Fluminense (UFF), mulheres em posições de liderança no setor ganham em média 37% do que recebem homens em cargos equivalentes. É uma das maiores desigualdades salariais no mercado de trabalho. “Maioria no setor, as trabalhadoras da saúde compõem um time de heróis que estão todos os dias arriscando suas vidas para combater a pandemia do novo coronavírus. Além desse risco, estão perdendo sua integridade psicológica e emocional”, diz Ireuda.