A mãe do ex-ministro Geddel Vieira Lima, Marluce Vieira Lima, 80, anos, está sendo acusada de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Isso porque o empresário Luiz Fernando Costa Filho, dono da empresa América Engenharia e Construção, antiga Cosbat ,afirmou a Polícia Federal que recebeu cerca de R$11,5 milhões entre 2011 e 2016 repassados por Geddel e Lucio Vieira Lima como participação dos peemedebistas em negócios imobiliários em Salvador.
De acordo com o depoimento do empresário os valores eram retirados em dinheiro vivo no apartamento de Marluce. Costa Filho afirmou ainda que os investimentos da família Vieira Lima variavam de 5% a 20% do valor previsto para cada empreendimento.
A Polícia Federal (PF) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao ministro Edson Fachin, um relatório de investigação no qual acusa os irmãos Vieira Lima, a mãe deles e o ex-assessor Job Brandão dos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. A investigação está relacionada com a apreensão dos R$ 51 milhões pela PF em um apartamento em Salvador. De acordo com a PF a defesa não conseguiu justificar a origem do dinheiro.
No relatório de 36 páginas, os investigadores não indicam a origem dos recursos, mas afirmam ter “inúmeras razões” para não se convencerem de que o dinheiro tinha origem lícita. “Passados quase três meses da apreensão da quantia milionária em espécie, não foi apresentada qualquer documentação que viesse dar um mínimo de suporte aos valores apreendidos”, diz o relatório.
Em outro trecho do relatório a PF afirma ainda que os irmãos tentaram ocultar valores ilícitos: “mantendo-os armazenados em locais de difícil acesso, como um closet do quarto de um apartamento da genitora, uma senhora de quase 80 anos, mesmo possuindo residência no mesmo edifício (como no caso de Geddel) ou em edificação contígua (situação de Lúcio Vieira Lima), ou em apartamento com desvinculação da cadeia de propriedade ou posse – como ocorreu com o apartamento tomado por empréstimo de um amigo”.