Preso desde setembro de 2016, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci negocia acordo de colaboração premiada com a Lava Jato há cerca de sete meses. Condenado a 12 anos por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, um dos fundados do PT detalha, em sua proposta de delação, a relação financeira entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ditador líbio Muammar Kadafi.
De acordo com informações da revista Veja, as declarações de Palocci ao Ministério Público Federal (MPF) teriam potencial para fulminar o partido e o próprio Lula. Segundo o ex-ministro, a campanha do petista em 2002, quando foi eleito pela primeira vez, teria recebido um milhão de dólares do ditador.
Kadafi, que mantinha uma relação próxima com Lula, foi capturado e morto por forças rebeldes, em 2011, perto da cidade onde ele nasceu, Sirte. Ele tinha 69 anos e foi atacado quando integrava um comboio que tentava fugir da cidade.
Muammar chegou ao poder após um golpe, em 1969. Em mais de 40 anos, o governo foi acusado de violação de direitos humanos contra o povo e também de estar ligado a ataques terroristas.