Em entrevista a uma rádio na manhã desta quinta-feira (10), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou estar próximo de fechar uma aliança com o prefeito Alexandre Kalil (PSD) para a eleição ao Governo de Minas Gerais.
O PT deve ser indica o nome para a disputa ao Senado nesta chapa, que deve ter o atual governador Romeu Zema (Novo) como principal adversário.
Lula ainda disse que, em seu eventual governo a partir de 2023, não haverá garimpo em terras indígenas.
Nesta quarta, a Câmara dos Deputados aprovou requerimento de urgência do projeto que libera mineração em terra indígena, mas um acordo do presidente Arthur Lira (PP-AL) com a oposição adiou a votação do mérito do texto para abril, após a análise de um grupo de trabalho.
A votação ocorreu enquanto do lado de fora do Congresso era realizado o Ato pela Terra contra o que chamam de pacote da destruição, uma série de projetos criticados por ambientalistas.
A urgência foi aprovada por 279 a 180 -precisava da maioria absoluta de deputados para passar (pelo menos 257). Antes da votação, Lira anunciou a criação de um grupo de trabalho para debater a proposta, que deve ser votada em plenário até 14 de abril.
De interesse direto de Bolsonaro, o projeto foi apresentado ao Congresso pelo ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, e pelo então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, hoje desafeto do presidente e pré-candidato à Presidência.
Na mesma entrevista, à rádio Itatiana de Minas, Lula disse que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), “nunca demonstrou intenção” de fato de ser candidato a presidente da República.
Um dia antes, Pacheco desistiu de disputar a corrida ao Planalto neste ano. “Eu acho que ele [Pacheco] tomou a decisão certa.”
Pacheco havia sinalizado a desistência já na terça-feira (8), quando disse que “nunca afirmou” que se lançaria na corrida pelo Palácio do Planalto.
Em novembro, o PSD fez um evento em Brasília para alavancar o nome de Pacheco. Ele, no entanto, não conseguiu decolar nas pesquisas.