O potencial da Bahia em energias renováveis e o projeto do Polo de Desenvolvimento Agroindustrial e Bioenergético do Médio São Francisco foram apresentados pelo vice-governador João Leão, secretário de Desenvolvimento Econômico (SDE), a empresários italianos na terça-feira (15). A geração de negócios a partir dos recursos naturais do próprio estado, de forma sustentável, foi o principal destaque da reunião de negócios.
“A Bahia é muito rica. Temos os melhores ventos e uma insolação maior que o deserto do Saara, que fizeram a Bahia em 10 anos se tornar protagonista na energia eólica e solar. O Complexo Sucroalcooleiro também é alvo de prospecção e atração de investimentos, com foco em tornar a Bahia competitiva na produção sucroalcooleira e diversificar o potencial energético do São Francisco”, afirma Leão.
O vice-governador explicou que a região escolhida para montar o Polo de Desenvolvimento Agroindustrial e Bioenergético possui solo fértil e é banhado pelas águas do Rio São Francisco, o que possibilita “uma cana-de-açúcar de excepcional qualidade”. O estado possui uma área de 350 mil hectares para investimento, proporcionando que a fábrica fique próxima da plantação. “Teremos a menor distância de transporte da cana para usina, uma média de 4 km”, completa o titular da SDE.
Alberto Biacardi, relações Internacionais da Gestore Servizi Energetici (GSE) e responsável pela comitiva, afirmou que o estado é um local interessante para os investimentos italianos. “Faremos um trabalho junto com o governo, a Embaixada, o Ministério do Exterior e o Instituto Comercial do Exterior da Itália para atrair investimentos. O Brasil é uma área prioritária e a Bahia nos apresentou projetos de energia os quais temos muito interesse, especialmente por serem baseadas na eficiência energética, um caminho natural que o mundo está seguindo para melhorar o uso das fontes de energia”, afirma.
“O projeto apresentado na reunião é o futuro, o Brasil tem a sorte de ter recursos naturais que prometem um enorme desenvolvimento e a Bahia está sabendo gerir essas possibilidades, transformando-as em negócios. Temos interesse em voltar a investir no estado, que conhecemos muito bem, já que fomos responsáveis pela construção de mais de 800 km da linha de transmissão que conecta a Bahia a Goiás e, desde 2009, é operada pela Taesa”, diz Cláudio Marchiori, diretor presidente da Santa Maria Transmissora de Energia (SMTE), do grupo Terna.
A comitiva, formada ainda por Marco Lantieri da SNAM, Francesco Rizzo da CESI e Michele Panella da GSE passará a semana no Brasil e segue para Brasília, onde participará de um seminário no Ministério de Minas e Energia. Os assessores especiais da SDE, Herbert Frank e Silvano Ragno, e o procurador Adriano Ahringsmann também participaram do encontro.