“A pandemia do Novo Coronavírus mudou a realidade das pessoas em todo o mundo, tanto na vida pessoal, como profissional. Considerado uma medida eficaz contra a disseminação do vírus, o isolamento social trouxe novos hábitos para a rotina diária dos indivíduos, como passar mais tempo em casa e menos ou nenhum período no local de trabalho. Novos costumes geram novas tendências de mercado e isto já está sendo observado no setor imobiliário”.
É o que afirma recente pesquisa realizada pela Secovi (Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Locação de Imovéis), fato que será uma tendência mundial de acordo com Eduardo Luiz, CEO da Epar Busines Experts e sócio da Alug+ que afirma: “os clientes passarão a buscar por imóveis que contemplem estruturas para home office, forma de trabalho que tende a crescer, mesmo após a pandemia.
“Antes da pandemia, a maioria das pessoas buscava praticidade, funcionalidade e baixo custo de manutenção, o que significava imóveis residenciais mais compactos e que possibilitassem mais tempo livre aos proprietários. Já em relação aos imóveis comerciais, a procura maior era por aqueles que contavam com adicionais, como cozinha, garagem, além de móveis bonitos e confortáveis. Agora a busca é por estruturas que possam entregar facilidades, comodidades, e principalmente bem estar, ainda que em construções com tipologias de menor metragem. O conceito atual é o imóvel deixa de ser apenas um local de moradia, mas de convívio. Também de acordo com Eduardo existe um grande filão a ser explorado que é o regime locatício, enquanto mercados como Europa e EUA ultrapassam a casa dos 40%. “Isso, inclusive, é uma tendência (locação), pois em momentos principalmente como esses, a opção por locar e não comprar um imóvel dá a condição de acesso e isso é importante para aqueles que precisam de uma moradia”. Para ajudar a alavancar as vendas, Eduardo indica: uma boa conversa com o futuro proprietário ou imobiliária para avaliar as condições negociais. “Ser honesto, transparente e, acima de tudo, justo, fará totalmente a diferença nesse momento”.
Eduardo ainda aponta que no Brasil nos últimos 5 anos, o mercado imobiliário passou por uma das piores crises do setor e as consequências foram sentidas de maneira ampla pelos seus diversos segmentos: “a demanda apresentou baixo crescimento no período, o que fez com que as transações ocorressem em ritmo relativamente lento, e os preços de maneira geral ficassem estagnados, em termos nominais. Porém, mais uma vez, as oportunidades surgiram e aqueles que as aproveitaram se deram bem, em plena crise.