Heitor Trindade Silva chegou ao mundo antes do previsto, com apenas 28 semanas e pesando 1,2 kg. Desde o nascimento, ele recebe cuidados intensivos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) da Maternidade Regional de Camaçari (MRC), unidade da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) e gerida pela Fundação Estatal Saúde da Família (Fesf-SUS). Sua história, marcada pela força e pela superação, ganhou um capítulo emocionante no último aniversário de sua irmã, Ariane Laiane Trindade Silva, de 12 anos.
Ariane tinha um único pedido: conhecer o irmão. “Ela dizia que seria o maior presente da vida dela, até chorava pedindo para vê-lo”, relembra a mãe, Jessica Trindade de Almeida. Sensibilizada pelo pedido, a coordenadora de enfermagem da UTI neonatal da maternidade, Graça da Hora, mobilizou toda a equipe multidisciplinar para tornar o desejo realidade.
“Entrei em contato com a diretoria de enfermagem, o serviço social, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e o serviço de psicologia para garantir que tudo fosse feito com segurança e sem impacto emocional para a jovem, que também teria veria os outros bebês internados na unidade”, explica Graça.
No dia especial, Ariane seguiu todos os protocolos, realizou a higienização necessária e vestiu os paramentos adequados. Com o apoio da equipe, ela pôde segurar Heitor pela primeira vez. “Quando ela pegou ele no colo, ele abriu os olhos. Durante a gravidez, ela conversava muito com ele e ele sempre mexia quando ouvia a voz dela. Foi emocionante”, conta Jessica.
Graça enfatiza a importância desse momento para a família e para a equipe da maternidade. “É gratificante saber que conseguimos criar esse vínculo afetivo em um ambiente tão delicado como a Utin. Essas ações mostram que o cuidado vai além da assistência técnica, integrando também o acolhimento emocional.”
Atualmente, Heitor está na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional (UCINCo), onde segue ganhando peso para, em breve, ir para casa com sua família. Histórias como a de Heitor e Ariane reforçam a importância de um atendimento humanizado, que valoriza não apenas a saúde dos bebês, mas também o acolhimento e o bem-estar emocional de suas famílias.
Referência
Com uma estrutura moderna e equipada, a MRC dispõe de 107 leitos que atendem a diferentes necessidades, desde partos de risco habitual até os de alto risco. São 56 leitos de obstetrícia, 8 para gestação de alto risco e outros dedicados à neonatologia, cirurgia ginecológica e plástica, além de leitos de UTI neonatal e unidades de cuidados intermediários (UCI), incluindo o modelo Canguru, que favorece o contato entre mãe e bebê, fortalecendo o vínculo afetivo e o desenvolvimento dos recém-nascidos.
Fonte: Ascom/Sesab