Em 2018, até o mês de novembro, a Central Estadual de Regulação (CER) registrou quase 80 mil solicitações atendidas, número maior que o computado em todo ano de 2017, quando foram 57 mil atendimentos. O resultado foi alcançado a partir de investimentos que o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesab), tem feito na estrutura da CER e também na expansão da rede de assistência.
A redução do tempo para o atendimento das solicitações que chegam até a CER é um dos reflexos da maior eficiência do trabalho da Central. Um exemplo são os casos de ortopedia que, em outubro de 2018, teve a média de espera de 2,7 dias, menos que a metade do tempo de outubro de 2017, quando chegava a 5,7 dias. Para cateterismo cardíaco, se comparado o mês de outubro de 2017 com o mesmo mês de 2018, a média de tempo de espera reduziu de 11,8 dias para 3,5.
De acordo com o secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, os problemas foram levantados e estão sendo resolvidos. “Identificamos falta de informatização na CER e nas unidades hospitalares, falta de recursos humanos, dentre outros problemas. Para cada questão, fizemos um plano de trabalho e estamos conseguindo resolver”, afirmou. Segundo ele, a CER já consegue hoje atender 100% da demanda diária da rede. “Ainda existe um passivo e estamos desenvolvendo ações para que seja resolvido”, esclarece.
A diretora de Regulação, Rita de Cássia, explica que uma das funções da regulação é a ordenação e qualificação dos fluxos de acesso às ações e serviços de saúde, de modo a otimizar a utilização dos recursos assistenciais disponíveis e promover a transparência, a integralidade e a equidade no acesso às ações e aos serviços, em tempo oportuno, dispondo, para tal, de diretrizes operacionais e protocolos, entre outros instrumentos.
“A regulação de pacientes é uma ferramenta de democratização do acesso, onde uma pessoa de Barreiras, por exemplo, tem o mesmo direito a ser internado no Hospital Geral do Estado [HGE], em Salvador, do que um paciente que está na emergência do hospital. A decisão de internação, portanto, é sempre pautada na gravidade do caso e não pela proximidade”, explica a diretora.
Expansão da rede
Um dos fatores que tem contribuído na evolução do trabalho da CER é a expansão de rede de atendimento. Entre janeiro de 2015 e julho de 2018, 1.524 novos leitos hospitalares foram implantados na Bahia, distribuídos em forma de rede direta, indireta e por meio de contratos. Com a ampliação de serviços e descentralização, a assistência à saúde se torna cada vez mais especializada, célere e aprimorada.
Outra ação é a ‘desospitalização’ de pacientes crônicos como estratégia para que se disponibilizem mais leitos para a população baiana. Com a implantação de leitos para a internação em domicílio, já foram retirados 600 pacientes dos hospitais, que continuam seu tratamento em casa.