Análise realizada em junho pela EVO W12, empresa líder de mercado em plataformas de gestão para o universo fitness, mostrou que o índice de fechamento de academias nos meses de abril e maio foi três vezes maior que o verificado no ano passado. O estudo apontou ainda um forte impacto nos números de desemprego: existe a perspectiva, dependendo da extensão da crise, deste número ser de 110 mil em 2020.
A despeito da rápida e impressionante aceleração digital pela qual as academias passaram desde o início do isolamento, houve também uma queda de 77% nas vendas de novos planos na comparação com os meses anteriores à crise. Conforme mostra a análise, os estados que mais sofreram foram Tocantins, Sergipe, Rio Grande do Norte e Piauí, onde a queda superou os 90%. Houve ainda uma redução significativa no número de clientes ativos. Na média nacional, essa diminuição foi de 35%. Porém, em estados como Maranhão, Espírito Santo, Piauí e Tocantins, 8 de cada dez alunos deixaram de pagar seus planos. Com uma perda de 19%, o Rio Grande do Sul foi o estado que menos sofreu.
Academia digital
O setor fitness foi um dos mais afetados pela pandemia e, apesar do alto nível de preparação para operar de acordo com regras rígidas de proteção, ainda sofre com as restrições governamentais que impedem a reabertura definitiva.
Para apoiar as academias no momento mais crítico da história do setor, a W12 manteve 100% de sua força de trabalho e adotou uma postura de total apoio aos clientes. Em vez de vender produtos, a empresa proprietária do software EVO passou a oferecer uma série de conteúdos e a realizar ações relevantes. “Corremos para fazer parcerias e integrações para que as academias e os estúdios pudessem gerar renda com aulas e treinos online, via aplicativo”, conta Dilson Mendes, diretor de produto da empresa.
O primeiro passo foi disponibilizar gratuitamente mais de 350 aulas e treinos on-line e incluir no software funcionalidades específicas para as necessidades dos gestores no período de lock down. A ação contribuiu para que o acesso aos aplicativos das academias integrado ao EVO crescesse 1904% e o número de aulas virtuais aumentasse 602%. Trata-se de uma tendência que veio para ficar. Em uma segunda-feira de junho, por exemplo, dia de pico nas academias, os quase 4 mil estabelecimentos de fitness atendidos pela plataforma EVO ofereceram mais de 1,5 mil aulas virtuais.
Além de os alunos continuarem a praticar atividade física, as academias conseguiram manter os empregos de seus colaboradores, pois muitas criaram grades de aulas transmitidas com professores com os quais os alunos estavam acostumados. Os treinos remotos passaram a fazer parte do portfólio das academias, que podem, inclusive, cobrar pelas prescrições via internet.
Para estreitar o relacionamento com os clientes, a W12 preparou ainda dezenas de artigos, infográficos, e-books e webinares que abordaram temas como a prevenção à doença, gestão de crise, relacionamento com o cliente e até informações sobre as medidas provisórias do governo que impactavam o negócio das academias. A ideia foi gerar conteúdo de qualidade para aperfeiçoar a gestão dos empresários do setor.
Os webinares e os demais vídeos produzidos somaram mais de 30 horas de conteúdo e alcançaram 7 mil horas de visualização. Os encontros contaram com a participação de nomes de peso, como o nadador e medalhista olímpico Gustavo Borges, presidente da Associação Brasileira de Academias (ACAD), o judoca Tiago Camilo e os lutadores Fábio Gurgel e Kyra Gracie. Para trazer mais otimismo ao mercado e sugerir ações, a W12 convidou consultores e gestores renomados. Além disso, foi oferecido um treinamento focado em transformar os negócios tradicionais em academias digitais – um caminho sem volta.
“Nossa causa são os clientes. Não poderíamos, como líderes e referência no mercado, decepcioná-los”, diz Paulo Akiau, presidente da W12 e da ABC International, subsidiária da companhia norte-americana que comprou a W12 em 2019.
Campanha pelo mercado
Além de divulgar em seus canais a importância do exercício físico como forma de combate à Covid-19 –
Sobre a W12
Fundada há 12 anos, a empresa é responsável pela criação do EVO, sistema de gestão de academias, líder de mercado, com quase 4 mil clientes no Brasil e na América Latina. A W12 tem como propósito não ser apenas uma empresa de tecnologia, pois entrega aos clientes mais do que um software. Considera-se uma empresa de fitness, inclusive pela quantidade de gestores e técnicos do setor.
Seu presidente, Paulo Akiau, formado em educação física, é empresário do setor há mais de 30 anos. Sócio fundador do Core 360, do Portal da Educação Física e da Corporate Wellness, é responsável pela criação da Body Systems, que revolucionou nos anos 90 as aulas coletivas no Brasil e no mundo.