Os Impactos das Mudanças Climáticas na Segurança Alimentar e Nutricional na Bahia foram o tema central da plenária ordinária do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional da Bahia (Consea-BA) realizada no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador. O encontro, que aconteceu na quinta-feira (29), contou com a participação de representantes do governo federal, da sociedade civil e de diversas secretarias estaduais.
A expectativa da plenária é a deliberação do Consea-BA sobre os passos dados na elaboração do 3º Plano de Segurança Alimentar e Nutricional, no sentido da importância da construção ser participativa e coletiva, entre o governo e a sociedade civil. Segundo o coordenador-geral do Programa Bahia Sem Fome, Tiago Pereira, “em paralelo à elaboração do Plano, estamos executando um conjunto de ações de combate à fome e de promoção da segurança alimentar, que serão melhor monitoradas após a publicação do Plano, previsto ainda para este ano”.
Durante a plenária, o Plano Estadual de Convivência com o Semiárido, o Plano de Mitigação dos Efeitos das Mudanças Climáticas na Bahia e o Plano de Agricultura de Baixo Carbono foram apresentados pelo Governo do Estado, através da Casa Civil, da Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) e da Secretaria de Agricultura (Seagri) como estratégias para enfrentar os desafios impostos pelo clima à segurança alimentar no estado.
O Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome do governo federal marcou presença a partir da participação da secretária nacional extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome, Valéria Burity, responsável por coordenar o processo de elaboração do Plano Brasil Sem Fome, que completa um ano em agosto. “A gente está aqui na Bahia para discutir parcerias e ações de combate à fome. Conseguimos, em um ano, tirar mais de 20 milhões de pessoas da situação da fome, e, hoje, o desafio é chegar a 4,1% dos municípios brasileiros que ainda sofrem com a insegurança alimentar grave”, destacou.
O Consea-BA analisa dados, discute e reflete sobre a temática, promovendo um espaço de diálogo entre governo e sociedade civil para fortalecer a política de segurança alimentar e mitigar os efeitos das mudanças climáticas. A presidenta do Conselho, Débora Rodrigues, conta como é feita a interação com planos relacionados às mudanças climáticas: “Através de um espaço de monitoramento e diálogo com o governo. O Conselho busca garantir a execução das propostas contidas no plano de segurança alimentar, que já inclui questões climáticas. Além disso, o Consea está em diálogo com outros planos, como o Plano de Convivência com o Semiárido e o Plano Clima, visando a intersetorialidade das políticas”.
O evento se estende até esta sexta-feira (30), com início às 9h, quando serão apresentadas as ações e os processos de elaboração do 3° Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Plansan). À tarde, serão apresentados trabalhos projetados e desenvolvidos no âmbito das ações de promoção da nutrição e alimentação saudável, pela Secretaria da Saúde – Sesab.