Fontes: Correios
Cerca de 400 pessoas se reuniram na tarde desta segunda-feira (14), na Adelba, no bairro de Patamares, para realizar uma carreata até o Centro Administrativo da Bahia (CAB). De acordo com o deputado Prisco, líder da manifestação, a ideia é mostrar força e o número de policiais que aderiram ao movimento.
“Vamos para a rua pedir o apoio da população. É a nossa ideia. Então, será uma manifestação pacífica, tranquila”, disse Prisco, enquanto os policiais gritavam palavras como “a PM parou”.
O grupo, que conta com policiais ativos, inativos e familiares, passou em frente à Governadoria e à Assembleia Legislativa da Bahia, para mostrar que um percentual do efetivo paralisou as atividades. Alguns carros estão pichados com dizeres como “negocia, Rui”, em alusão a uma suposta falta de diálogo com o governador Rui Costa (PT).
Dentre os pedidos da categoria estão melhorias do Planserv; cumprimento do acordo de 2014; solução para os problemas do novo sistema RH; reforma do estatuto; código de ética; periculosidade; auxílio alimentação; reajuste da CET; plano de carreira, cumprimento de ordem judicial e isenção de ICMS para aquisição de arma de fogo para PMs e Bombeiros Militares.
Após a carreata, o grupo retorna para a Adelba, onde ficará reunido até a meia noite. “Depois disso, vamos deliberar os rumos do movimento. Depois dessa decisão, se terminar hoje, amanhã entra o negociador, e não um coronel de polícia”, disse Prisco, referindo-se à decisão de Justiça, que negou o pedido do Ministério Público Estadual (MPE) de suspender as atividades da sede da Associação dos Policiais e Bombeiros Militares e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra).
Pedido indeferido
A negativa da justiça ao pedido do MPE, que pretendia também a suspensão das demais 19 sedes da Entidade no interior do Estado, desarquivamento dos autos do processo referente a mobilização dos PMs e BMs de 2012 e bloqueio de contas, foi anunciada nesta segunda-feira (14).
A decisão foi assinada pela juíza Maria de Lourdes Oliveira Araujo, titular da 6ª Vara das Relações de Consumo. “Deixo de deliberar a respeito dos requerimentos formulados pelo MPE por entender que na presente ação finda em sentença transitada em julgado não mais existe matéria sub judice a justificar a apreciação em seu bojo de tais postulações”.
Coordenador geral da Aspra, Prisco criticou a decisão. “Para quem tanto acusava o Governo Federal de ditatorial, trata-se de ato antidemocrático. Em pleno século 21, fechar uma entidade de classe vai contra todos os preceitos constitucionais. Vale salientar que o pedido do MPE foi protocolado no último dia 11, quando o próprio Ministério Público convidou nossos diretores para uma suposta negociação”.
Veja vídeo de Prisco: