Jerônimo ressaltou que quando o hospital for inaugurado, no primeiro semestre de 2024, o povo poderá contar com uma unidade com padrão de excelência. “Com a entrega do hospital, além de resolver a fila de regulação na área de ortopedia, vamos cuidar das pessoas com a qualidade que a rede Einstein tem. Então, além de um bom prédio, de equipamentos de ponta e sofisticados, teremos a gestão feita por uma rede estratégica”.
Reconhecido como o melhor hospital da América Latina pela revista norte-americana Newsweek, o Einstein foi considerado, este ano, o melhor da região (e um dos melhores do mundo) também em Ortopedia pela mesma publicação. A organização é parceira de longa data do SUS. Há mais de 20 anos, assumiu a gestão de unidades públicas em São Paulo e, hoje, administra 30, entre Unidades Básicas de Saúde (UBS), unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMA), Ambulatório Médico de Especialidades Pediátricas (AMAE-Ped), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Residências Terapêuticas, Hospitais Municipais e ainda um Centro de Educação Infantil (CEI). Além disso, desenvolve inúmeros projetos para o setor público, nas cinco regiões do Brasil, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), em parceria com o Ministério da Saúde.
Para a titular da Saúde, Roberta Santana, a entrega do hospital viabiliza um avanço significativo no atendimento da área. “A Ortopedia está entre as três maiores demandas das nossas solicitações da regulação, e o investimento no Hospital Ortopédico compõe a estratégia do Governo do Estado de vencer os desafios da regulação. É uma parceria importante que se firma aqui cumprindo todos os regulamentos legais e jurídicos, e vai estar no Diário Oficial de amanhã. Aqui serão atendidas mais de 290 mil pessoas no ano, serão mais de 15 mil cirurgias, triplicando a capacidade de cirurgia ortopédica no estado, trazendo ainda um centro de transplante para cá”.
A secretária ainda destaca que, no projeto, o Einstein também se propõe a compartilhar com a Bahia suas ações de ensino e pesquisa, como especializações e residências médicas e multiprofissionais, bem como cursos de curta duração. E, no âmbito de pesquisa, a inclusão do Hospital Ortopédico do Estado em projetos de pesquisa institucionais, a exemplo do programa de terapia celular para lesões de cartilagem, além do acesso dos servidores do HOE às plataformas de pesquisa de biologia celular e molecular.
“Estamos entusiasmados em assumir, pela primeira vez, a gestão de uma unidade hospitalar na região Nordeste. Esse novo passo reforça nosso compromisso em promover a equidade em saúde, com um olhar atento às necessidades das populações de todas as regiões do país”, diz Dr. Sidney Klajner, presidente do Einstein. “Em 2022, esse movimento já foi feito no Centro-Oeste, quando passamos a gerir o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado, um dos principais hospitais públicos da região”, relembra.
Klajner reforça que o Einstein tem a missão de entregar vidas mais saudáveis para todos os brasileiros e que espera poder usar de todo o conhecimento da organização em gestão e na própria área da ortopedia para beneficiar a população local, mitigando a espera por assistência e oferecendo um cuidado cada vez mais seguro e de qualidade. “A expectativa é que possamos anunciar, em um curto espaço de tempo, os bons frutos colhidos por essa somatória de esforços, assim como fizemos nas outras unidades que passamos a gerenciar”.
A inauguração oficial do Hospital Ortopédico do Estado está prevista para março de 2024. Até lá, serão realizados os processos de seleção dos mais de 1.400 colaboradores (entre médicos, equipe de enfermagem, multiprofissional e administrativa), contratação de serviços e abastecimento de insumos.
Transferência de expertise
O Einstein atua na assistência à saúde no sistema público por meio da gestão 30 unidades, que incluem três hospitais municipais: o Hospital Municipal M’Boi Mirim – Dr. Moysés Deutsch, através de contrato de gestão com o Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” (Cejam), o Hospital Municipal Vila Santa Catarina – Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho, através de convênio, e o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP), por meio de termo de colaboração.
No Hospital Municipal M’Boi Mirim – Dr. Moysés Deutsch, em 15 anos de gestão Einstein, a unidade já atende uma população estimada em 1 milhão de habitantes na zona sul de São Paulo. Desde 2014, o hospital tem acreditação de Excelência (nível 3) pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), que atesta padrões nacionais hospitalares de excelência, qualidade e de segurança.
Entre as iniciativas de destaque desenvolvidas na unidade estão a implementação do Programa Marca-Passo, estruturado juntamente com o Centro de Arritmia do Programa de Cardiologia do Einstein e a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. O programa reduziu de 30 para 7 dias de espera o intervalo de implantação do dispositivo em pacientes cardíacos e tornou a unidade municipal a única da região apta para implantar marca-passo.
Por sua vez, no Hospital Municipal Vila Santa Catarina – Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho, o Centro de Diagnóstico e Tratamento Avançado em Oncologia Bruno Covas, inaugurado no ano passado para dar mais agilidade à rede municipal de saúde no diagnóstico precoce de pacientes com câncer, já realizou mais de 239 procedimentos robóticos, com aumento de mais de 100% comparando os períodos de março a outubro de 2022 e janeiro a outubro de 2023. O robô disponível na unidade foi fornecido pelo Einstein e todos os instrutores de cirurgia robótica que operam no centro público também atuam na unidade privada do Morumbi, em São Paulo.
Além da acreditação de Excelência (nível 3) pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), o Vila Santa Catarina conta também com o selo Amigo do Idoso, que garante iniciativas de adequação da infraestrutura, capacitação de profissionais e familiares, engajamento comunitário e estímulo à prevenção em saúde do idoso, e a ISO 14001, que assegura padrões nacionais para gestão ambiental de sustentabilidade.
Já em Goiânia, o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado, nos primeiros seis meses de gestão Einstein, conseguiu zerar as filas da UTI, dobrar a capacidade de atendimento dos leitos e diminuir a mortalidade pela metade.
Sobre o Hospital Ortopédico do Estado
O Hospital Ortopédico do Estado contará com 212 leitos, dos quais: 144 em traumatologia e ortopedia, 30 de UTI (sendo 20 adultos e 10 pediátricos), 16 de clínica geral, 12 para hospital dia e 10 para pediatria cirúrgica.
O bloco cirúrgico será composto por 13 salas cirúrgicas, uma de indução anestésica, uma de recuperação pós-anestésica e uma de acondicionamento temporário de tecidos musculoesqueléticos – já que o centro também ficará responsável por transplantes desses tecidos.
A unidade ainda contará com um ambulatório direcionado à realização da primeira consulta aos pacientes de situações eletivas agendadas, serviço de apoio diagnóstico e de reabilitação, que abrigará, inclusive, uma piscina aquecida para as atividades com esses pacientes.
O local realizará atendimento de serviços ambulatoriais e hospitalares 100% regulados – referenciados pela Central Estadual de Regulação nas situações de Urgência e Emergência e pelo Sistema Lista Única em casos eletivos. A estimativa é de que sejam feitos por mês 19,5 mil consultas ambulatoriais, 1,7 mil diagnósticos por imagem, 1,7 mil altas hospitalares (enfermaria e UTI) e 1,2 mil cirurgias.
Fonte: Ascom/Sesab