Os dois adolescentes que foram encontrados mortos na Praia da Ribeira foram identificados. Os corpos eram de Caique Xavier Bispo dos Santos e Kauã Santana Carvalho, ambos de apenas 15 anos. Eles foram jogar bola em uma quadra perto da praia, quando resolveram dar um mergulho e se afogaram.
O pai de Kauã, Reginaldo de Jesus, disse que a família ficou devastada com a notícia e que ele e a mãe do menino não sabiam que ele, que era filho único, iria à praia. “Ele não ia tomar banho de mar, ia tomar banho de piscina. Ficou conversado comigo e com a mãe dele que eles iriam tomar banho de piscina na casa de um amigo. Aí recebemos a notícia em casa, do que tinha ocorrido”, disse abatido, em entrevista à TV Bahia. Segundo a Polícia Civil, os familiares dos garotos chegaram a procurar a 3ª Delegacia (Bonfim) para registrar o desaparecimento deles.
Resgate durou cerca de 3h (Foto: TV Bahia/Reprodução) |
De acordo com o Corpo de Bombeiros, Caíque e Kauã estavam com um terceiro amigo, chamado Ítalo, de 14 anos, que sobreviveu. “Os jovens vinham fazendo um lazer tranquilo, suave, saudável. Estavam andando no mar, momento em que tudo ocorreu, nem estavam nadando na água. Segundo o terceiro garoto que estava com eles, eles submergiram e, infelizmente, se vitimizaram. Eles não sabiam nadar e esse foi o grande problema. O garoto que se salvou disse que, de repente, a água subiu para a altura do umbigo, depois do tórax. A profundidade aumentou repentinamente”, explicou o major Luciano Alves, do Corpo de Bombeiros, em entrevista à TV Bahia.
Moradores do local relataram que um dos garotos não percebeu que havia um buraco na água e começou a se afogar. O segundo deles tentou ajudar e também se afogou. Ítalo tentou auxiliar Caíque e Kauan, sem sucesso. Desesperado, voltou à margem da água e pediu ajuda, mas os meninos já tinham sido levados peça força do mar.
Familiares ficaram desolados com as mortes (Foto: TV Bahia/Reprodução) |
A busca durou aproximadamente 3h e contou com seis bombeiros e quatro moradores. De acordo com os bombeiros, foi um processo difícil devido à baixa visibilidade no local, por já ter anoitecido, além da área ter bastante lama e objetos submersos na água.
Os corpos dos meninos, que eram moradores de Pernambués, foram levados para o Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, onde passarão por perícia. Não há informações sobre o enterro.