A Fundação Luís Eduardo Magalhães – FLEM lançou, nesta segunda-feira (18), em seu auditório, em Amaralina, o Programa Nossa Travessia, que tem como objetivo realizar ações voltadas a jovens com distúrbios mentais e em situação de vulnerabilidade social, com foco na aprendizagem e inserção no mundo do trabalho.
Dentro do Programa Nossa Travessia, os projetos Artemente e FLEM Social beneficiarão 71 jovens com aulas para formação, por exemplo, de auxiliares de escritório, administrativo e almoxarife.
O processo de aprendizagem oferecido a esses jovens inclui carga horária de 1.840 horas, tem duração de 24 meses, com 4 horas diárias de ensino teórico e prático. Durante os dois anos como participantes do Programa, os jovens aprendizes terão a carteira de trabalho assinada e a garantia de todos os direitos trabalhistas previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
“Por ser um programa com modelo pioneiro no Brasil, sua beleza está no potencial de transformar a vida desses jovens e de suas famílias. Não significa apenas a inserção no mundo do trabalho, mas a oportunidade de um futuro com mais dignidade”, ressalta a presidente da FLEM, Maria Quitéria.
Por meio do Artemente, serão atendidos 40 jovens com distúrbios mentais, assistidos pelos CAPS – Centro de Atenção Psicossocial do SUS – da Liberdade e Jaguaribe.
Contratada pelo Programa, Maiú de Oliveira, 16 anos, que mora no Alto de Santa Terezinha, no subúrbio ferroviário, lembra que aos 12 anos teve um sonho realizado ao ganhar um concurso de redação promovido pelo Jornal A Tarde. “Hoje eu realizo meu segundo sonho. Foi uma surpresa quando o CAPS me disse que eu estava selecionada para essa vaga. Estou feliz demais!”, disse Maiú.
Através do projeto FLEM Social 31 jovens das comunidades do Bairro da Paz, Nordeste de Amaralina/Santa Cruz e Calabar, assistidas pelo Programa Pacto Pela Vida da Polícia Militar, puderam ter suas carteiras assinadas, e para a Capitã Aline Muniz, comandante da base comunitária de segurança do Calabar e Alto das Pombas, essa iniciativa é importante e deve ser reproduzida.
“Precisamos de mais parcerias assim, porque a gente percebe que as empresas, publicas ou privadas, podem apoiar os projetos desenvolvidos pelas bases, só que faltam iniciativas, e o próprio pacto pela vida diz que as secretarias de educação, saúde e emprego e renda, deve atuar em área de base para diminuir os índices de criminalidade e aumentar o índice de desenvolvimento”, afirmou a Capitã Aline.
O Programa Nossa Travessia é uma parceria inovadora com a Pontos Diversos – Associação para Promoção da Diversidade Sociocultural e Ambiental, Ministério Público do Estado da Bahia (MPE) e Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE).