Fotos: Bruno Concha/Secom
Com apenas 12 dias de vida, o pequeno Adriano* seria encaminhado para um abrigo, mas acabou ganhando um lar provisório ao ser acolhido por Ana*, através do Projeto Família Acolhedora, da Fundação Cidade Mãe (FCM). Ana*, que é administradora, teve o primeiro contato com o recém-nascido na manhã desta sexta-feira (16), na sede da FCM, em Brotas. Na ocasião, ela ressaltou a satisfação e emoção de oferecer muito mais que um lar para o bebê.
“Eu tinha planejado muitas coisas até chegar aqui, mas eu estou extremamente emocionada e não tenho palavras para descrever esse momento. Estou muito feliz por poder cuidar de um ser tão pequeno e vulnerável e oferecer, além de uma casa, o meu amor, atenção, carinho e cuidado para ele. Por opção própria eu decidi não ter filhos, mas amo crianças e enxerguei no Família Acolhedora uma oportunidade de exercer uma função social e servir de apoio para pessoas que enfrentam momentos tão difíceis e delicados como esse”, contou a moça.
A chefe de gabinete da FCM, Aline Gomes, explica que o acolhimento é fundamental para o desenvolvimento do indivíduo, mesmo sendo temporário. “Essa fase de 0 a 2 anos é a fase mais importante da vida do ser humano. É quando ele vai aprender atividades fundamentais como comer, andar, falar e ser acolhido nessa fase, recebendo amor, carinho, tendo uma família para ensinar e auxiliá-lo nesse processo é fundamental”, explica.
A profissional ressalta ainda a alegria de acompanhar a entrega do bebê para a voluntária. “Ela conheceu o nosso programa, se voluntariou, foi capacitada e está apta para exercer a função acolhedora. O encontro deles foi um momento muito especial e emocionante para todos nós. Desejamos muitas coisas boas para o pequeno e para a voluntária. A FCM estará acompanhando o desenvolvimento da criança ao decorrer do tempo e auxiliando nesse processo”, enfatizou.
Funcionamento – O programa Família Acolhedora trata-se de um serviço de acolhimento familiar provisório de infantojuvenis que foram afastados judicialmente do convívio familiar original, pois se encontravam em situação de abandono ou cuja família de origem não possuía, temporariamente, condições de cuidá-los e protegê-los.
Para se tornar uma Família Acolhedora, é necessário participar do processo de habilitação, capacitação e seguir alguns requisitos. É preciso ter idade superior a 21 anos, não possuir vínculo de parentesco com a criança ou adolescente no processo de acolhimento, dispor de tempo para oferecer proteção e residir em Salvador há mais de dois anos.
Além disso, os interessados não podem estar habilitados para adoção e precisam apresentar uma declaração de não interesse na adoção do indivíduo acolhido. Será preciso comprovar também condições físicas e mentais saudáveis, para acolher em segurança.
O processo de habilitação pode ser iniciado através de cadastro no site www. familiaacolhedora. salvador. ba. gov. br ou pelo telefone (71) 3202-2429. É possível também entrar em contato pelo endereço de e-mail: familiaacolhedora.fcm@ salvador. ba. gov. br.