O Fala Salvador 156 vem ampliando o sistema de atendimento à população da cidade, passando a fornecer informações sobre a rede de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, além dos Centros Municipais de Atendimento à Mulher. A ação foi iniciada em março, como projeto-piloto, a partir do Programa Você Não Está Só, em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ).
Para ter acesso, ao ligar para o Disque Salvador 156, basta teclar 9 e obter mais informações a respeito. Foi o que aconteceu, no dia 30 de junho, com uma moradora de Salvador. Ela estava sendo perseguida pelo ex-companheiro e, ao entrar em contato com o 156, uma equipe do Centro de Atendimento à Mulher Soteropolitana Irmã Dulce (Camsid) foi acionada e realizou o acolhimento temporário, com direcionamento ao abrigamento.
Acolhimento– A mulher estava sendo perseguida pelo companheiro, após fugir para o interior do estado. Ao retornar a Salvador, ainda na rodoviária, ligou em busca de informações sobre o acolhimento de mulheres vítimas de violência. Uma equipe do Camsid direcionou a vítima para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), onde foi feito o boletim de ocorrência e a solicitação da medida protetiva. Durante 48 horas, ela foi acolhida no centro municipal e, em seguida, encaminhada em sigilo para um abrigo.
A titular da SPMJ, Fernanda Lordêlo, explica que, após o acionamento do centro de referência, uma equipe formada por advogada, psicóloga e assistente social passa a fazer a tratativa com a rede de apoio, que conta com instituições como a Deam, serviços de saúde, além de verificar os benefícios que o município pode oferecer, através da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre).
“Toda articulação é feita pela equipe, para que a mulher tenha garantidos os seus direitos. Uma vez que a vítima aciona o centro, ela passa a ser acompanhada e, se precisar do acolhimento, ainda pode permanecer por 15 dias na unidade. Em caso de risco de morte, ela passa pelo Programa Guarda Maria e depois é encaminhada a uma casa abrigo”, afirma.
Denúncias– A gestora lembra que o telefone 156 é mais uma alternativa para obter ajuda, acionando de forma mais rápida os serviços. “Precisamos disseminar a informação do 156, para que a mulher possa, com maior celeridade, ser atendida e ter os direitos preservados, a qualquer hora do dia”, frisou. A ligação pode ser feita pela vítima, ou por pessoas próximas, que tenham informações sobre a violação dos direitos da mulher e queiram denunciar, junto às autoridades competentes.