A educação antirracista já faz parte do currículo escolar e é potencializada durante o mês de novembro, envolvendo seminários, palestras, gincanas, apresentações artísticas e culturais, entre outras atividades. Tendo como mote a ideia de que “quando a mulher negra se movimenta, toda a sociedade também se move com ela”, da filósofa negra americana Ângela Davis, os alunos do Colégio Estadual Professor Rocha Pita, em Aratuípe, realizaram, na quinta-feira (23), a II Exposição da Consciência Negra, que, este ano, homenageia as mulheres negras e sua atuação na formação da sociedade brasileira.
Os estudantes apresentam os trabalhos desenvolvidos na terceira unidade, destacando a história de Dona Antônia, funcionária da escola, assim como de outras personalidades femininas, a exemplo da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e lideranças negras, como Maria Felipa, Makota Valdina e Mãe Stella de Oxóssi.
“Ao valorizarmos, este ano, as mulheres negras, buscamos, também, reposicioná-las no contexto de sua importância na história, assim como as histórias e memórias das mulheres negras da nossa comunidade, das meninas negras da nossa escola. O Novembro Negro, para além de ser mais um projeto pedagógico para atribuir notas e avaliar os alunos, é um momento político de reflexão”, ressaltou o professor da unidade escolar, Daniel dos Santos.
A aluna Rafaeli Costa, 17 anos, considera a iniciativa um momento de valorização da cultura e visibilidade da mulher negra: “como negra, sinto orgulho de ter em minha escola um evento que mostra a riqueza da cultura negra, além de exaltar a força, a resistência e as lutas da mulher negra brasileira para conquistar seu espaço na sociedade”.
O Colégio Estadual Odorico Tavares, em Feira de Santana, trouxe o tema “As vivências nas trilhas da educação antirracista”, com várias atividades com exposições dos trabalhos dos estudantes, vídeos, desfile e apresentações musicais.
A coordenadora pedagógica da unidade escolar, Islane Arcanjo Araújo, falou sobre a representatividade: “sabemos da importância do aluno se identificar no momento em que ele vê imagens de pessoas negras que fazem parte da nossa história e alcançaram patamares na nossa sociedade”.
A estudante Lara Santos Ribeiro, do 3º ano, acredita que a importância do respeito independe de raça ou de cor. Para ela, este ensinamento deve ser aplicado não só na escola, como também no ambiente familiar.
Fonte: Ascom/SEC