O Encontro da Beleza Negra é um evento de afirmação identitária e valorização cultural, que acontece em sua terceira edição, na próxima quinta-feira (26), a partir das 9 horas, no Centro de Cultura da Câmara Municipal. O ato, apoiado pela vereadora Rogéria Santos (PRB), tem como principal objetivo, segundo ela, “o empoderamento do povo negro de Salvador e região”.
Além disso, marca a passagem do dia 25 de julho, data em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. “Nosso maior propósito é transcender a beleza física e destacar o conjunto, que inclui a essência, caráter, sentimentos e isso reconhecemos como empoderamento. A mulher negra é a base da pirâmide social, é a maior vítima de violência e discriminação, então precisamos refletir e mudar essa realidade”, reforça a parlamentar.
Programação
Totalmente gratuito e dividido em três turnos, o encontro possibilitará diversos momentos para o público. A partir das 9 horas será iniciada uma mesa redonda sobre empregabilidade do negro, que contará com a presença de Rosemma Maluf, presidente do Conselho da Mulher Empresária da Bahia e vice-presidente do Conselho Nacional da Mulher Empresária da Confederação das Associações Comerciais do Brasil. Às 11h acontecerá a exposição de moda e acessórios, beleza e saúde (aferição de pressão arterial, verificação de glicemia, massoterapia, maquiagem, design de sobrancelhas e penteados).
Das 13h às 15h haverá Aulão de Dança com Afro Beach, Fit Dance e Zumba; das 14h às 15h, Espaço Gourmet; 15h, Roda de Conversa “Deixa a Mulher Trabalhar”; 16h, Momento Afro Teen; 17h, apresentação da Roda de Capoeira (Axé Dobrado do Mestre Coxinha) e exposição dos modelos humanos; 18h, solenidade de abertura; 18h20, Sarau de Poesia; 18h25 apresentação musical por Negro Davi; e 19h10 acontece o Desfile de Valorização da Beleza Negra.
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Ireuda destaca promoção da
estética negra no Prêmio Maria Felipa
Mulheres serão homenageadas na noite desta quarta-feira (25)
De acordo com a vereadora Ireuda Silva (PRB), o responsável pela confecção do troféu do Prêmio Maria Felipa, o artista plástico Felipe Salutari, é destaque na cena cultural soteropolitana pelo seu esforço de enaltecer a estética e a história de matriz africana em seus trabalhos. O prêmio será entregue pela legisladora a 19 mulheres negras na noite desta quarta-feira (25), na Câmara.
Entre as premiadas estão a promotora do Ministério Público, Lívia Vaz; a jornalista Rita Batista; a vereadora Marta Rodrigues (PT); D. Ana, uma das primeiras obreiras da Igreja Universal; Carol Machado, coordenadora do movimento Novas Felipas; e Silvana Saraiva, produtora da Feafro.
“Ser mulher não é fácil. Mulher e negra, menos ainda. Temos visto um aumento espantoso de notícias sobre casos de racismo, desrespeito e todos os tipos de agressões contra a mulher, incluindo femincídios. Isso é um sintoma de como a sociedade trata tais minorias”, avalia Ireuda. “Homenagear essas mulheres é o mínimo que podemos fazer para reafirmar o nosso posicionamento, lembrar que somos peças fundamentais da história e que não desistiremos de buscar melhorar nossas vidas”, acrescenta a republicana.
Estética negra
Nascido em 26 de junho de 1995, Felipe afirma que começou sua caminhada nas artes influenciado por seu pai, que é artesão e desenhista, e por sua mãe, que escreve poesias. “Minhas vivências ao lado das mulheres da minha família no tabuleiro de acarajé, a magnitude de cultura e a beleza de meu povo são um conteúdo riquíssimo para minha pesquisa sobre afroncentralidade e afrodisporiedade”, diz o artista, que é estudante de Artes Plásticas na Universidade Federal da Bahia.