Totalmente elaborada por colaboradores da empresa, a cartilha traz conceitos básicos sobre assédio moral e sexual, explicando de forma clara os vários aspectos da discriminação (misoginia, racismo, lgbtfobia, etarismo, capacitismo, gordofobia e intolerância religiosa). O documento também destaca as consequências para a saúde física e mental das vítimas e as implicações para a empresa, além de trazer orientações para vítimas e testemunhas sobre como agir diante deste tipo de situação. A construção da cartilha envolveu as áreas Jurídica, de Compliance e Gestão de Pessoas da Embasa, com o apoio do Comitê de Conduta e Integridade, Comitê de Diversidade, Equidade da empresa.
Para o presidente Leonardo Góes, as pautas da diversidade e da equidade de direitos vêm se consolidando como importante agenda institucional da Embasa e, tanto o reconhecimento do Selo Lilás quanto o lançamento da cartilha são ilustrativos deste avanço. Para ele, a construção da cartilha, que será disponibilizada para os colaboradores por meio impresso e digital, é mais uma importante iniciativa interna, que tem como objetivo educar e evitar episódios de discriminação e de assédio moral e sexual dentro da empresa. “Conhecer os conceitos e entender melhor como este tipo de conduta acontece no ambiente de trabalho é fundamental para o combate a qualquer tipo de assédio. A partir da priorização dessas pautas, pretendemos avançar cada vez mais para sermos reconhecidos como uma empresa inclusiva, que respeita as diferenças e combate as desigualdades”, destacou Góes.
A Política de Diversidade, Equidade e Inclusão da Embasa foi estabelecida formalmente em 2023 e tem princípios e normas voltadas à promoção de um ambiente de trabalho inclusivo. Antes, em 2021, a Embasa já havia conquistado prêmios como o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça.
Prevenção e combate ao assédio
O evento de lançamento da cartilha de combate ao assédio da Embasa também contou com palestras de especialistas como a professora da Escola Sesi de Gestão, Eva Bonfim, que destrinchou conceitos sobre os diversos tipos de assédio, listou as possíveis punições cabíveis – nos âmbitos administrativo, trabalhista, civil e criminal – e citou formas de prevenção e combate. Para ela, colocar-se previamente no lugar do outro já é um exercício fundamental para evitar desconfortos com os colegas de trabalho. “Uma das formas de driblar o assédio é usar a comunicação não violenta. A comunicação pode ser assertiva sem, necessariamente, ser rude ou grosseira. Dar feedbacks de forma reservada também pode ser uma estratégia para evitar constrangimentos”, indicou.
Já o psicólogo Gessé de Souza, diretor do Departamento Médico da Polícia Civil, abordou os efeitos psicossociais e físicos do assédio. “Embora seja um assunto amplamente comentado, muitas pessoas têm uma compreensão parcial ou equivocada sobre o que é o assédio moral e sexual”, afirmou o psicólogo ao comentar que a atualização das normas trabalhistas já coloca o assédio como uma questão de segurança do trabalho. Desde 2022, a Norma Regulamentadora 5 (NR-5) estabelece diretrizes claras para a prevenção do problema no ambiente corporativo. “O assédio tem a força de paralisar e até destruir sonhos e metas”, alertou. Dentre as consequências para a vítima, o especialista destacou questões físicas como dores generalizadas, palpitações, dores de cabeça e distúrbios digestivos, dentre outros; além dos efeitos psicológicos e sociais como abandono de relações pessoais, problemas familiares, síndrome do pânico e depressão, por exemplo.
Fonte: Ascom/Embasa