Jornalista e analista político da XP Investimentos, Erich Decat analisou, em evento realizado ontem (13) pela ACT Investimentos, em Salvador, os possíveis impactos da eleição presidencial este ano na economia.
Para Decat, uma possível eleição de Fernando Haddad (PT), que foi oficializado esta semana e é o nome mais novo do pleito eleitoral, iria “aglutinar o centrão” — grupo de partidos formados por PP, PR, DEM, PRB e Solidariedade — em torno de um governo de centro-esquerda.
“Eu acho que a tendência, se vier o Haddad [como presidente], é aglutinar com o centrão, que hoje apoia o Alckmin. Seria um governo conduzido por um presidente de centro-esquerda, com uma pauta de centro bem presente”, analisou.
A ideia do PT é apresentar o modelo de governo de Lula. “Escanteiam o perfil Dilma [Rousseff]”, ressalta.
De acordo com ele, o candidato que tem maior resistência do mercado financeiro é Ciro Gomes (PDT), que aparece em segundo lugar nas pesquisas, mas empatado com Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede).
Até o fim das eleições, ele alerta, o mercado de ações deve sofrer com as variações causadas pelas pesquisas eleitorais.
Momento oportuno pela frente – Sócio da ACT Investimentos, Diego Santana avalia que o momento ficará oportuno para novos e antigos investidores, apesar das incertezas.
“Em termos de mercado, a gente considera que independente da conturbação, a economia traz bons números para o longo prazo. Juro baixo, inflação baixa”.
Para ele, a palestra com o analista político da XP serve para orientar os investidores, que devem pensar mais com “o foco em melhorar o país do que na ideologia”.
“É essencial para esclarecer e dar o direcionamento de como melhor se posicionar. Independente de quem seja o candidato preferido”.
Fotos: Diego Kiki/ Divulgação